O IMPOSSÍVEL, POSSÍVEL

Nada melhor do que perguntar a certas pessoas a possibilidade de realizar certas coisas, consideradas como impossíveis.

Se formos de espírito livre, poderemos imaginar e admitir todas as possibilidades, tanto no campo das ciências como no campo da própria mente. No entanto, ouviremos algumas pessoas consideradas cultas se dizerem ofendidas com tais possibilidades.

O condicionamento normal em que a nossa mente se encontra é fruto venenoso de um passado ainda recente. Tempo em que o homem era obrigado a aceitar normas pré-estabelecidas como verdadeiras, simplesmente porque alguns assim o achavam.

Hoje, com o despertar da consciência do homem no campo da ciência e do pensamento, ele procura empreender uma fuga das limitações impostas à mente, por uma filosofia fatalista e restritiva à própria evolução humana.

São poucas as pessoas que não acreditam que o homem tenha ido à lua. Não me refiro às pessoas que de um modo ou de outro não tenham tido este tipo de informação. Falo dos homens que vivem em comunidades num mundo repleto de informações.

As invenções e descobertas no último século fizeram pessoas incrédulas ficarem estarrecidas com as possibilidades que surgiam a cada momento.

O campo filosófico tem sempre ficado em segundo plano e poucos são aqueles que se preocupam com ele. A evolução material é enorme, enquanto a evolução espiritual do homem fica postergada a um plano secundário.

Os gênios do campo filosófico surgem esporadicamente em pontos diferentes e muitas vezes são prensados pela evolução da técnica. O materialista nunca vê no pensamento benefício imediato para si. O que no passado pareceu ser apenas um devaneio de mentes desocupadas, hoje é real e faz parte do cotidiano das pessoas.

Se pudéssemos retroceder ao passado e falássemos das conquistas do nosso mundo atual, seríamos considerados loucos e iríamos ser agraciados com o calor de uma fogueira em praça pública.

Se falássemos de aviões, de carros, da viagem á lua e outras conquistas da humanidade, seríamos louco, visionários ou mesmo bruxos.

Com o despertar da consciência do homem, surgem os profetas do futuro. Geralmente eles nunca são aceitos de imediato, para o homem comum ele fala o absurdo.

Essas pessoas incomuns, livres das barreiras físicas, deixam o espírito bailar em outros espaços e captam os enunciados para o futuro. Eles vão além do que vê o homem comum e medíocre.

Geralmente esses visionários não são aceitos de imediato, pois falam uma linguagem desconhecida. Eles estão além do seu tempo.

Deve o homem ficar preso à terra e limitar-se a ver os fatos comprovados pela ciência ou deve libertar-se das cadeias do medo e do círculo que o cerca em currais aqueles que não ousam?

Quando o visionário não é muito audacioso, limita-se a falar para poucos, por medo da intolerância e da insensatez dos homens do seu tempo.

Os visionários ou profetas, por viverem à frente do seu tempo, não se limitam a ver o pequeno mundo do dia-a-dia. Eles buscam no éter toda a informação do futuro.

Devemos crer e descrer dos visionários sem, no entanto, deixar de refletir e pesquisar as possibilidades futuras do que ainda é considerado impossível.

Infeliz seria a humanidade se não tivessem surgido homens com visão do futuro. Mesmo não acreditados em sua época, deixaram o legado para o futuro, uma possibilidade a ser pesquisada.

Se nós ficarmos presos somente ao presente e não acreditarmos em nosso futuro, ele não existirá. Vivamos nosso presente sem deixar de sonhar com o futuro.

Eu, particularmente, acho que toda idéia deve ser analisada e pesquisada. Não pode o homem pensar que é o único e que seus conceitos sobre as coisas devem ser considerados como únicos e irrefutáveis.

Num mundo tão pequeno como a terra, as diferenças são verdadeiros abismos.

Diante de tudo, devemos ter consciência de que “o impossível é apenas uma limitação da nossa mente”.

VEM - 1971-

Vanderleis Maia
Enviado por Vanderleis Maia em 19/02/2008
Reeditado em 09/07/2009
Código do texto: T865626