Por que à linguística e à filosofia clínica vêm sendo marginalizadas ?

Por que à linguística e à filosofia clínica vem sendo marginalizadas ?

A marginalização da linguística e da filosofia clínica em relação ao discurso estabelecido da psicologia e da psicanálise tradicional reflete uma relação de desnivelamento entre estas hierarquias disciplinares que perduram ao longo do tempo sobretudo pelo discurso behaviorista do Século XIX. Tal conceito que justifique o desnivelamento destas respectivas disciplinas emerge como sendo à uma voz divergente às mais modernas técnicas analíticas do tratamento clínico mediante o uso e abordagem da análise de discurso foucautiana no contexto terapêutico. A interpretação de elementos semióticos quando empregados na linguagem proporciona uma vasta concepção diante dos mais profusos processos psíquicos dos sujeitos analisados, oferecendo, assim, uma visão analítica quanto às condições subjetivas enquanto selfs inseridas no advento da contemporaneidade.

Lacan, por meio do emprego de elementaridades linguísticas, desafiou às fronteiras convencionais da psicanalise ao investigar sobre à validade e acerca dos reais papéis da linguagem empregada pelos sujeitos quando constituindo-a por seus aspectos e, não menos que, por uma representação de suas realidades psíquicas e subjetivas. Bakhtin, do mesmo modo, oferece às abordagens linguísticas e filosóficas do discurso, de cujas relações sígnicas, transcendam às estruturas tradicionais da psicanálise, enfatizando, por esta razão, uma relevada importância da linguagem subjetiva rumo à constituição do sujeito.

Discutir assuntos como à ontologia e à gerontologia no contexto da pós-modernidade merecem total relevância diante da necessidade de (re)pensar de forma ininterrupta estes conceitos fundamentais tanto do discurso, quanto da filosofia e, sobretudo, da medicina gerontológica em meio às constantes e abruptas mudanças sociais e culturais. Promover uma reflexão sobre às naturezas do ser à luz da fisiologia e seu inevitável envelhecimento tornou-se uma abordagem crucial rumo à compreensão dos processos subjetivos e culturais de nosso tempo, promovendo um diálogo acerca das mais difusas complexidades da existência humana e de nossa corrida contra o tempo.

Quanto ao contexto próprio do tecnofeudalismo, sobretudo por influência dos conceitos de liquefação propostos por Zigmunt Bauman, observa-se, como um todo, uma profunda difusão destes respectivos processos quando postos em relação entre os sujeitos e à alteridade. Tanto no que se refira à individuação quanto na coletividade, às células sociais carecem de que sejam vistas por suas mais diversas institucionalizações, às quais cada sujeito se veja nelas inseridos e submetidos às suas interferências fenomenológicas. Uma análise semiótica, em suma, pode ser vista como sendo à uma proveitosa ferramenta que desconstrua os processos culturais e identitários que aludam às mais distintas dinâmicas sociais e culturais, enquanto à filosofia clínica, quando associada à linguística se destaquem por uma abordagem que promova uma leitura analítica destas iminentes transformações contemporâneas, pelas quais os sujeitos sejam vistos como unos, ainda que submetidos às suas interações institucionais, tanto mais, quando se lhes caracterizem enquanto sujeitos fenomenológicos.

Script(e)rium
Enviado por Script(e)rium em 18/12/2023
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