Ao escritor, com carinho

Há momentos na vida que não se apagam.

Reuni certa vez em um só CD alguns de meus maiores amores. Uma versão instrumental de ninguém menos que Beatles, músicas suaves e singelas, e a poesia de Carlos Drummond, um dos melhores poetas brasileiros, que interpreta a vida e o amor com maestria. Dei de presente a uma amigo escritor, sensível e lindo por dentro.

Fala de amor puro e descomplicado, de traição, que mesmo acontecendo guarda códigos de um amor que se fortalece apesar dos percalços. Fala de amigos e coisas simples que a vida nos dá e que, às vezes, cegos e ignorantes que somos, desconhecemos ou não temos tempo pra ver.

Uma simples lembrança que pode se perder com o tempo. Mas momentos da vida ficam e podem marcar.

Espero que seus ouvidos ouçam como quem ouve alguém que, mesmo de longe, sente-se perto. Podemos até nos tornar amigos ou mais. Que sejamos cúmplices, pois que o mundo está pobre de pessoas para horas boas até para as difíceis.

Sou isso, bobinha, às vezes, sincera sempre, espontânea.

Viver para mim é isso: saber desfrutar da melhor maneira encontros, amigos, natureza. E sorrir sempre. O bom humor contagia. A intolerância e cara feia entorpecem os que se deixam levar pelo negativismo. Sorrir sempre é a melhor saída.