O tempo

Será que é loucura? Será que sou louca? Será que os que me dizem o que eu devo fazer sou loucos? Somo todos loucos? Ou será que somos certos em um mundo errado?

Tropeçando nos dias... no tempo. Talvez minha vida dure pouco. Por isso, essa minha mania de tropeçar nos dias, esse meu desespero de viver todos os dias de uma vez.

Mas, o que sou eu? Eu não sou nada. Eu percebo que sou apenas aquele segundo. Sou apenas uma emoção, um único suspiro. Eu morro todos os dias.

O tempo é curto e as pessoas não percebem. O tempo é curto e as pessoas continuam a cometer os mesmos erros. O tempo é curto e os erros são muitos, aprenda com os erros dos outros porque você não viverá o bastante para cometer todos eles.

O tempo é pouco e a minha vida se esvaí a cada hora que passa, a cada minuto, a cada segundo. Eu não sei aproveitar a vida, não sei me divertir, não sei me sentir bem. As coisas são tão complicadas e ao mesmo tempo tão simples.

Eu ouço os carros lá fora, ouço a caneta se arrastando pelo papel, ouço os ponteiros fazerem o tick-tack irritante do relógio. Vejo os segundos e os minutos passarem. Parece que passa tão devagar, mas eles correm. É uma intensa corrida e ninguém é vencedor do tempo. Ele sempre ganha da gente. Ele sempre está lá, esperando a gente. O tempo é parceiro da morte. Ele nos enfraquece e nos destrói. Ela, apenas nos espera, em uma esquina escura, em uma montanha alta e até mesmo na nossa própria cama. Ela é cruel e não espera que a gente se arrependa de nossos pecados, não espera que a gente aprenda com os nossos erros, não espera que a gente fique pronto. Ela não se importa com as pessoas. Não se importa se você quer ou não. Não se importa com quem vai sofrer. Ela apenas faz o dever. Ela apenas cumpre seu papel de morte, ajudada pelo cruel tempo.