ANTIFARISEU — Ensaio Teológico VII(13) "Consentimento e Escolha: As Novas Palavras de Ordem da Sexualidade Feminina"

"Então Deus criou o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou" (Gênesis 1:27). Essas palavras sagradas ressaltam a igualdade fundamental entre os gêneros, desafiando a visão restritiva imposta às mulheres. Como disse Bell Hooks, "Ser livre é não ter medo".

Ao refletir sobre as instruções religiosas, é crucial reconhecer que os padrões e expectativas em relação ao comportamento das mulheres têm evoluído. As mulheres não devem ser definidas por estereótipos ou expectativas restritivas, pois "Não há maior desigualdade do que tratar iguais de forma desigual" (Thomas Sowell). Elas têm o direito de expressar sua sexualidade de maneira saudável e consensual, independentemente do estado civil, rejeitando a ideia de que devem ser castas antes do casamento e sexualmente agressivas apenas dentro do matrimônio.

Em vez de reforçar estereótipos de gênero e normas tradicionais, é essencial promover uma abordagem baseada na igualdade e no respeito mútuo. "A beleza mais encantadora é estar presente quando alguém é verdadeira consigo mesma" (Ralph Waldo Emerson). As mulheres têm o direito de expressar sua sexualidade de maneira autêntica e empoderada, antes e depois do casamento, desde que seja consensual e respeitosa. "Pois não há mais judeu nem grego, não há mais escravo nem livre, não há mais homem nem mulher; porque todos vós sois um em Cristo Jesus" (Gálatas 3:28).

Em vez de promover uma mentalidade de controle e restrição, devemos incentivar uma cultura de consentimento, comunicação aberta e respeito mútuo em todas as relações. "Onde há amor, não há cobiça nem inveja; onde há cobiça e inveja, não há amor" (Thomas à Kempis). As mulheres têm o direito de explorar sua sexualidade de maneira segura e satisfatória, sem serem julgadas ou estigmatizadas. Além disso, é fundamental reconhecer que a igualdade de gênero não se resume à igualdade legal, mas também à liberdade de escolha e autodeterminação em todas as áreas da vida.

Portanto, ao invés de perpetuar normas patriarcais e expectativas restritivas, devemos defender a liberdade e autonomia das mulheres, permitindo-lhes explorar sua sexualidade e expressar sua identidade de maneira autêntica e empoderada. Como disse Simone de Beauvoir, "Não se nasce mulher, torna-se mulher". A verdadeira igualdade de gênero só pode ser alcançada quando reconhecemos e respeitamos a diversidade de experiências e escolhas das mulheres, sem julgamento ou censura, pois "Não há maior liberdade do que a liberdade de pensamento" (Rabindranath Tagore).