ANTIFARISEU — Ensaio Teológico VII(15) “A Essência do Amor: Reflexões sobre Desejo, Sedução e Respeito Mútuo”

"O amor é paciente, o amor é bondoso" (1 Coríntios 13:4). Essas palavras sagradas nos lembram que o verdadeiro amor deve ser baseado no respeito mútuo e na compreensão. Ao abordarmos os temas do desejo e da sedução, é crucial adotarmos uma perspectiva equilibrada e compassiva.

Contrariamente à visão apresentada pelos fanáticos das igrejas, de que a sedução e o desejo são inerentemente perigosos e devem ser evitados, argumentamos que esses aspectos são naturais e saudáveis da experiência humana. Como disse Khalil Gibran, "O desejo é a essência da alma, pois é o único mediador entre o corpo e o espírito." Quando expressos de maneira respeitosa e consensual, eles podem levar a conexões profundas e significativas.

A ideia de que qualquer mulher que não seja a esposa de um homem é uma "estranha" e uma ameaça é uma visão ultrapassada e prejudicial. As mulheres são indivíduos autônomos, com suas próprias vontades, desejos e direitos, e não devem ser vistas como objetos de tentação. Como afirmou Mary Shelley, "Não desejo que as mulheres tenham poder sobre os homens, mas sobre si mesmas." É crucial reconhecermos a humanidade e a diversidade das experiências femininas.

Em vez de nos determos em textos antigos, podemos olhar para estudos contemporâneos, como a teoria do apego de John Bowlby, que sugere que a necessidade de conexão íntima é fundamental para os seres humanos. "O amor não consiste em olharmos um para o outro, mas em olharmos ambos na mesma direção" (Antoine de Saint-Exupéry). Compreender essas necessidades inatas nos ajuda a abordar o desejo e a sedução de forma mais saudável.

Além disso, a ideia de que o "verdadeiro amor" só pode ser encontrado em uma figura ou crença religiosa específica é uma visão limitada. Como disse o Dalai Lama, "O amor e a compaixão são necessidades, não luxos. Sem eles, a humanidade não pode sobreviver." O amor pode ser encontrado em muitas formas e contextos, transcendendo fronteiras religiosas ou culturais.

Em resumo, devemos abraçar o desejo e a sedução com sabedoria e respeito, reconhecendo a autonomia e a dignidade de todas as pessoas envolvidas. "Amai-vos uns aos outros como eu vos amei" (João 15:12). Busquemos uma compreensão mais ampla e inclusiva do amor, que celebre a diversidade de experiências e crenças humanas, sempre guiados pela compaixão e pelo respeito mútuo.