ANTIFARISEU — Ensaio Teológico VII(20) “Infidelidade e Adultério: Uma Visão Além do Medo e da Culpa”

A abordagem dos fanáticos religiosos sobre o adultério, embora embasada em princípios bíblicos, carece de uma análise mais contemporânea. Como Paulo Freire afirmou, "A educação não transforma o mundo. Educação muda as pessoas. Pessoas transformam o mundo". Assim, é necessário um diálogo aberto e respeitoso, valorizando a individualidade e a liberdade de escolha de cada pessoa.

Primeiramente, a comparação entre o adultério e a relação com uma prostituta não considera a complexidade das relações interpessoais. Como Provérbios 14:12 diz: "Há um caminho que ao homem parece direito, mas o fim dele são os caminhos da morte". A análise psicológica sugere que as motivações para a infidelidade podem ser diversas e multifacetadas.

Além disso, a ênfase na punição divina pode ser interpretada como uma tentativa de manipulação emocional. Como Sartre afirmou, "O homem está condenado a ser livre". Ao invocar o temor de Deus, a ideologia da igreja negligencia a importância do diálogo e do perdão.

Em uma sociedade cada vez mais plural, é fundamental adotar uma abordagem mais empática. Como Romanos 14:1 diz: "Aceite o que é fraco na fé, sem discutir assuntos controvertidos". Em vez de recorrer a conceitos morais rígidos, é necessário promover o diálogo aberto.

Portanto, é preciso repensar as narrativas tradicionais sobre o adultério, reconhecendo a complexidade das experiências humanas. Como 1 Coríntios 13:4-7 diz: "O amor é paciente, o amor é bondoso. Não inveja, não se vangloria, não se orgulha. Não maltrata, não procura seus interesses, não se ira facilmente, não guarda rancor. O amor não se alegra com a injustiça, mas se alegra com a verdade. Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta". Devemos buscar uma abordagem mais compassiva, que promova o respeito mútuo e o apoio mútuo nos relacionamentos.