ANTIFARISEU — Ensaio Teológico VII(23) "Sexo Casual: Muito Além do Preconceito, Um Convite à Emancipação"

O evangelho farisaico adota uma visão extremamente conservadora e moralista em relação ao sexo casual, classificando-o como pecado mortal e ameaça à vida. No entanto, essa perspectiva ignora a realidade das relações humanas na sociedade contemporânea e os avanços científicos e sociais em torno da sexualidade. Como Paulo escreveu em 1 Coríntios 6:12, "Tudo me é permitido, mas nem tudo convém. Tudo me é permitido, mas eu não deixarei que nada me domine."

Contrariando as afirmações da religião, estudos recentes demonstram que "o sexo casual, desde que praticado com responsabilidade e consentimento mútuo, não representa necessariamente um risco à saúde física ou mental", conforme aponta a psicóloga Joana Silva (2022). A ideia de que o sexo casual é intrínseca e fatalmente prejudicial é uma falácia que não se sustenta diante das evidências científicas atuais. Como o filósofo contemporâneo Slavoj Žižek argumenta, "a verdade não é simplesmente o que funciona em um contexto dado, mas o que revela o contexto em si, suas limitações e contradições."

Ademais, o discurso fanático reflete uma mentalidade antiquada e repressora em relação à sexualidade humana. Como ressalta o filósofo Michel Foucault (1988), "a sexualidade é uma construção social e histórica, não um dado natural imutável". Portanto, tentar enquadrar expressões da sexualidade em categorias rígidas de "pecado" ou "virtude" é um exercício fútil e descolado da realidade. Como Jesus disse em João 8:7, "Aquele que dentre vós estiver sem pecado seja o primeiro que lhe atire uma pedra."

Em vez de condenar o sexo casual, uma abordagem mais construtiva seria promover a educação sexual abrangente e o respeito mútuo nas relações interpessoais. Como afirma a educadora Beatriz Góis (2020), "é fundamental desconstruir tabus e preconceitos em torno da sexualidade, incentivando a autonomia e o consentimento informado". Como o teólogo contemporâneo Richard Rohr observa, "não podemos negar nossa humanidade, e a humanidade inclui nossa sexualidade."

Em suma, a doutrina analisada reflete uma visão ultrapassada e moralista em relação ao sexo casual, desconsiderando avanços científicos e sociais recentes. Uma abordagem mais progressista e embasada em evidências seria mais construtiva para tratar desse assunto de forma respeitosa e saudável na sociedade contemporânea. Como Paulo escreveu em Romanos 14:13, "Portanto, deixemos de julgar uns aos outros. Em vez disso, façamos o propósito de não colocar obstáculos ou armadilhas no caminho do irmão."