Economista
 
   1 – Todas as nações modernas mantêm uma maquinária complicada para medir a produção econômica. Sabemos, virtualmente, dia a dia, as dsireções de alteração com respeito à produtividade, aos preços, aos investimentos e aos fatores similares. Por contraste, não temos tais medidas, nenhuma coleção de "indicadores" comparáveis para nos informar se a sociede, como realidade distinta da economia, acha-se também em bom estado de saúde. Não dispomos de medidas para saber da "qualidade da vida". Não temos indices sistemáticos para nos dizer se os homens se acham mais ou menos alienados uns dos outros; se a educação está em nível mais eficiente; se a arte, a música e a literatura ewstão florescenedo; se a cortesia, a generosidade ou bondade estão aumentando. "O  Produto Nacional Bruto é o nosso Santo Graal", escreve Stewart Udal, antigo secretário do Interior dos Estados Unidos". - O que pensa o senhor a respeito?
 
–  "A moderna Análise Econômica, assim entendida como o conjunto de teorias que nos permite analisar os fatos econômicos é um dos reflexos do progresso material que a humanidade atingiu. Assim entendida, ela é neutra porque muito necessária (para efeito de conhecimento, acompanhamento, planejamento, análise, etc) dentro dos sistemas Econômico-Sociais vigentes. É inegávelque o PNB tem crescido, que a produtividade tem aumentado e que o mundo como um todo está em franco desenvolvimento. Em contrapartida, o PIB não esteja talvez crescendo (entende-se como PIB - Prouduto Interno Bruto - como sendo o PNB somadso à Renda Líquida do Exterior e esta pode ser negativa) na maioria dos países periféricos, já que uns por serem desenvolvidsos têm mais condições de se desenvolverem, cada vez mais a taxas maiores, em detrimento dos demais que, ou não crescem ou crescem a taxas irrisórias porque trabalham em benefício alheio.
   A Teoria Econômica permite constatar e analisar estes e outros fatos sem entrar no mérito da questão: alguns países estão cada vez mais ricos e outros estão cada vez mais pobres. Cada economista, no caso, como ser humano que é é, tem soluções próprias a apresentar.
   Materialmente, portanto admitindo como validos os valores vigentes, a "qualidade da vida" nas nações desenvolvidas é, obviamente, suerior em comparação com a das nações subdesenvolvidas e isso, em termos econômicos pode ser facilmente medido através de indicadores tais como a renda "per capita". Nas nações pobres (regiões, famílias e pessoas, por analogia) já que a maioria das pessoas sobrevive ao invés dse viver, geralmente os valores humanos estão deteriorados; nas nações ricas , ou desenvolvidas, onde as condições de vida, em média são as melhores possíveis também não prevalece o humanismo. 
   Conclui-se que a sociedade moderna (qualquer que seja o sistema econômico) entroniza os valores materiais, deflagrando uma disputa desenfreada entre as pessoas pelo direito de sobreviver (ou viver melhor, nos países mais desenvolvidos), medindo a "qualidade da vida" através de níveis de consumo. A palavra de ordem é consumir, não importa o que, mesmo artigos supérfluos, porque quanto mais se consumir maior "riqueza" será gerada, maior será o número de empregos (e pessoas só se transformam em consumidores se tiverem renda e a fonte de renda mais comum é o trabalho), maior será a produção, maior o consumo, etc.
   Dados os sistemas econômicos-sociais vigentes, cujos valores são eminentemente materiais e dada a subjetividade do conceito de "qualidade da vida" duvida-se perfeitamente que o progresso traga consigo uma melhoria da vida em termos filosóficos".

2 - Grande parte da humanida vive em meio à catástrofe e à fome, enquanto um grupo procura satisfazer-se psicologicamente, na busca de prazeres novos e refinados. - O senhor referenda esta proposição?

"Sim.  Dentro dos valores atuais, o que interessa é a capacidade de consumo de cada um, sem que haja preocupação com os outros, desde que os outros se mantenham convenientemente distantes para não causarem incômodos maiores. As pessoas procuram prazeres novos e refinados, a maior parte das vezes, por indução e não por necessidade. Desta maneira, sob forte submissão ao "efeito demonstração" muitas pessoas, mesmo que queiram se solidarizar com o próximo, não têm condições e nem oportunidade quanto ao que ocorre com outrem. Um exemplo conhecido desta insensibilidade é a família moderna que tende a ser estrutura em termos cada vez mais atomizados, ignorando os vínculos de parentesco a partir do segundo grau".

3 - Muito se tem falado do futuro, do "choque do futuro". Isto o procupa?

– "
A longo prazo todos estaremos mortos". O choque do futuro deve preocupar a cada um de nós desde que já não consideremos o presente chocante".

Roberto Gonçalves

 
 
RG
Enviado por RG em 25/10/2013
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