Comentário- A Resposta do Pocinho de Paciência

Soraya bem que tentou colocar tudo o que sentiu nos comentários... Mas como ela é mestra em escrever bíblias (hahahaha), não coube tudo!

O que ela escreveu me tocou muito! Em cada linha meu humor oscilava bruscamente: ria, sentia nó na garganta, garalhava e chorava emocionada.

Então, resolvi postar aqui o comentário (a bíblia) para complementar o texto "Pocinho de Paciência"

Ps: temos um sério problema para escrever e nos estendemos a beça, rs. Mas não falamos tanto quanto escrevemos, tá?

Bom, finalmente me sinto pronta p'ra comentar. O problema das emoções - algumas emoções - é que elas são completamente imobilizantes. Foi assim comigo. Ler tudo o que você escreveu, ver nossa história posta assim - de uma forma tão leve, linda e divertida me emocionou demais. Só nós sabemos o que passamos. Mas passamos. Hoje, o saldo de tudo o que vivemos é p'ra lá de positivo. Ao ler duas coisas aconteceram: as lágrimas e os risos. Sou grata por ambas. Fiquei me lembrando de cada coisa que citou, cada momento, cada detalhe. Estou me controlando p'ra não escrever uma "bíblia" (?) e comentar cada pedacinho. São coisas tão nossas e doces. Me lembrei de momentos que vivemos e que por mais que o tempo passe, jamais vou esquecer. Me lembrei do seu colo, do seu abraço nos dias de dor, das suas palavras, do seu amor incondicional por mim (mesmo quando brigamos). Me lembrei de todas as vezes que errada, você me chamou a atenção p'ra detalhes que eu não percebia sobre mim, sobre o mundo, sobre as pessoas. Me lembrei de quando brigo com você e você parecendo um gatinho zangado - fica resmungando por horas p'ra depois concordar. Lembrei de todas aquelas vezes em que você me fez gargalhar e ainda faz.

Lembrei de nós duas dançando - não era lambada - era algo entre mambo e salsa - e ri, já que mesmo conhecendo dança, "aquilo" não tem classificação. Lembrei da foto do pavê e foi bom lembrar e assim reclamar de novo o meu pedaço. (Baixinha, ele foi feito p'ra mim, não me conformo de você tê-lo comido inteiro. Que fique registrado: Quero o MEU pavê.) Sorri lembrando das nossas conversas hilariantes, lembrando do quanto você fica engraçada sem conseguir: falar, teclar, ouvir e respirar.*pisc. Lembrei da vez que você - em greve de fome - resolveu me dar uma coxinha. E do ataque de risos que tivemos depois com nossa fome na madrugada p'ra encerrar a greve. Lembrei daquela sua estranha mania de achar que Tang é melhor que Coca-Cola e do quanto eu te acho suspeitíssima por isso. Tive um ataque de risos com a lembrança do cavalo na cozinha da sua casa. Acho que você nem lembra mais. E da história maluca que ficamos inventando p'ra utilizar o cavalo em nossos passeios. Lembrei de você chorando e como naquele dia, chorei de novo. Nós duas sabemos o quanto aquela dor foi compartilhada entre nós. Lembrei do quanto você é bonita e inteligente e esperta e divertida e malucamente doce e do inferno da sua teimosia em não se ver assim, mesmo eu querendo te emprestar meus olhos p'ra você se enxergar como eu te vejo. Tá! Eu estou marejando de novo, viu?

Lembrei de todos os seus textos que já li, reli, li novamente dias depois e me enchi outra vez de orgulho de você, por você. Orgulho de quem sabe das dificuldades, dos sonhos, das possíveis impossibilidades e do tanto que você - forte e imensa - supera tudo. Lembrei do quanto você protegeu e protege o meu amor, do quanto você torce por nós, por nossa história. Do quanto você acha que somos lindos juntos e lindo tudo o que vivemos até aqui. De todas as vezes que você “O” defendeu p'ra “ME” defender da insanidade sem ele e ao amor que sinto. Do quanto você sabe e entende que eu não viveria sem ele e que sim, ele é meu sistema solar inteiro em várias galáxias. E das vezes em que zangada com ele você me diz: "Ele apenas não sabe o quanto te ama, mas ama. Fique quieta!" .Me lembrei de quando falamos de amor e do dia em que você triste, me fez ter a idéia de querer desenhar um sol na sua testa, já que assim ele iluminaria todo caminho a sua frente e você começou a me chamar de "minha lua" por achar que eu iluminava as suas sombras. Acabei de me lembrar do seu ataque de risos no dia em que te contei que apaixonada por "vírgulas e reticências", eu odeio "ponto e vírgula" e que eu nunca entendi criarem coisa tão besta.

E foi nesse ponto que você e eu começamos a inventar palavras bobas e pontuações improváveis só por diversão. Ai, ai, ai...Chega! Se eu continuar lembrando, eu nunca mais paro de escrever e esse era um texto de agradecimento. Então é assim: Eu amei, amei, amei! Obrigada, por me fazer mais bonita e doce e perfeita do que sou! Obrigada por me ver assim - nem é clichê o que vou falar, viu? São seus olhos lindos e doces que me enxergam muito melhor do que sou. Obrigada por ser além de amiga, irmã, mãe, confidente, psicóloga, padre e vez por outra algoz, você ainda ser a bebezinha mais fofa do mundo dentro dessa mulher incrível que você é. Obrigada por tudo o que vivemos e ainda vamos viver. Por dividir comigo suas coisas, suas histórias, família, medos, angustias, algumas bobagens e todos os risos. Obrigada por estar comigo, mesmo quando nem eu sou tão presente em mim e nunca se cansar. Obrigada por ficar mastigando aquele maldito "bixxxxxcoito" barulhento no meu ouvido p'ra me dar à impressão de que consigo te fazer comer. Pelas histórias engraçadas, pelo choro, pelas brigas, por dividir comigo nossa família e achar que posso dar um jeito em tudo, mesmo que eu nem saiba por onde começar. Obrigada por não se importar de me ver escrevendo como costumo dialogar e ignorando todas as regras de português. ;)

Eu amo você!

Soraya

Shimada Coelho A Alma Nua
Enviado por Shimada Coelho A Alma Nua em 11/11/2008
Reeditado em 11/11/2008
Código do texto: T1276940
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