SATURNO (ao meu Pai)

Não maldigo o rigor da triste sorte

Nem abomino esse fardo que me humilha.

Teu rigor e violência têm-me feito forte.

Esforço-me para não sair da minha trilha.

Mas o que n’alma dói mais fundo

Não é o prejuízo tampouco a decepção:

Dói a morte de um amor profundo

Assassinado a golpes de traição.

A ti, meu pai agradeço pela minha vida.

Para ti ofereço esses versos meus.

Ofereço-te ainda a confiança perdida

E rogo para ti, o perdão de Deus.

Marcos Aurelio Paiva
Enviado por Marcos Aurelio Paiva em 27/11/2008
Reeditado em 27/11/2008
Código do texto: T1305924