O Anjo do meu Recanto

Mudei- me para uma terra um dia ,

Criada de sonhos e fantasias...

Magos e Fadas lá fazem moradia,

E o mundo manifesta- se em poesias!

Procurei um lugar aconchegante,

Para meu corpo cansado pousar...

E deixar minha alma falante,

Sonhos e poesias contar!

Mas na noite que caía,

Escondidos nas florestas...

Uma voz malévola ria,

Observando pelas fretas!

Um ser seguro de sí,

Da minha magia caçoava...

Como muitos frustrados que ví,

Em sua inveja, ódio vibrava!

Era tão mal esse ser ,

Que mesmo longe eu podia sentir...

Ele maquinava me deter,

E pra sí mesmo continuar a mentir!

Ele com outros se juntava,

Nos becos da inaptidão...

Se auto- afirmando, debochava...

Daqueles que nascem com um dom!

O riso sinistro escondia,

Um imenso inconformismo...

Seu coração de raiva corroia,

Então, demonstrava cinismo!

Porque há quem do berço,

Nasce com a magia nas mãos...

Outros com a vida pagam um preço,

E tornam seus sonhos vãos!

Caminhando pelo recanto,

Por lobos sendo vigiada...

Esperando que em algum canto,

Me pegassem numa cilada!

A presença deles, nefasta,

Não permitia beleza absorver...

Porque sou uma maga casta,

Não preciso como eles ser!

Pelo meu caminho seguindo,

Um bosque encontrei....

Foi o lugar mais lindo,

Que no recanto encontrei!

Ví sentada numa pedra,

Com um graveto na mão...

No colo uma folha verde,

Onde ela escrevia uma canção!

Não conseguia ver o que vestia,

Nem a sua condição...

Porque seu rosto resplandecia,

Seu sorriso era um clarão!

Pela pura luz atraída,

Dela me aproximei...

E foi numa folha caída,

Que ví que um anjo encontrei!

Peguei a folha, suspirei!

Uma mágica divina...

Em cada frase contemplei,

Uma guerreira, mulher, menina!

Ví seu coração,

Em cada palavra fluída...

Ví tanta emoção,

Ví a sua vida!

Opinião formada, firmeza,

Suavidade, aceitação...

Uma incrível clareza,

Carisma, força, convicção!

Todos os dias me declinava,

Nos seus lindos dizeres...

Sua mágica limitava,

A força daqueles seres!

Cada vez que me visitava,

Mais coragem eu adquiria!

Cada vez que me olhava,

A força do lobo caia!

E passava o tempo...

Minha Mestra, amiga passou a ser...

Me apoiando e me lembrando,

Que medo não preciso ter!

Esse anjo eu te apresento...

Dorothy é sua graça!

Ela é filha do vento,

Mulher de vibra e raça!

Alma Nua,

Sexta- feira, 27 de Julho de 2007, 19: 58

Um dia, a lí no mural do Recanto.

Achei suas palavras firmes, mas possuía doçura!

Foi a primeira vez que lí Ana Karênina, me tornei sua fã, a considerei minha Mestra e hoje a tenho como amiga!

Sempre que falo sobre ela uma emoção me toma!

Essa emoção está traduzida na beleza e sinceridade de seus textos sem máscaras, nem fingimentos:

http://www.recantodasletras.com.br/autor.php?id=6642

Shimada Coelho A Alma Nua
Enviado por Shimada Coelho A Alma Nua em 27/07/2007
Reeditado em 17/08/2021
Código do texto: T582219
Classificação de conteúdo: seguro
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