ADEUS, CARLOS HEITOR CONY.
Este leitor que foi teu companheiro
na casa do poeta trágico amou os teus
escritos. mas agora é a hora do adeus,
tua imortalidade não a comprou dinheiro,
não houve cargo público ou poder,
cronista hoje um tempo morre e dói,
não houve em ti arrogância nem a sói
disant fleugma ou o que parecer
na condição de escriba algo cabuloso,
tua obra é quase memória e romance
de uma melancolia masculina
entre as imperfeições e o fabuloso,
foi boa a travessia, Cony, vá avance,
em quem construiu tua obra a vida não termina.