ADEUS, CARLOS HEITOR CONY.

Este leitor que foi teu companheiro

na casa do poeta trágico amou os teus

escritos. mas agora é a hora do adeus,

tua imortalidade não a comprou dinheiro,

não houve cargo público ou poder,

cronista hoje um tempo morre e dói,

não houve em ti arrogância nem a sói

disant fleugma ou o que parecer

na condição de escriba algo cabuloso,

tua obra é quase memória e romance

de uma melancolia masculina

entre as imperfeições e o fabuloso,

foi boa a travessia, Cony, vá avance,

em quem construiu tua obra a vida não termina.

Fabio Daflon
Enviado por Fabio Daflon em 06/01/2018
Código do texto: T6218504
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