TEMPO PARALELO

Tarde colorida e frenética.

Estudantes saem do majestoso Regente Feijó,

Onde há trinta anos eu aprendi Fonética.

Universitários, com suas pastas a desfilar,

Abrem-me o arquivo da memória:

Sonhos, fé, esperança, objetivos a alcançar...

Quem de nós não projetou uma trajetória?

A praça Barão do Rio Branco, partida ao meio,

Lembra-me dos domingos, com roupas novas.

A Igreja do Rosário, onde nos anos setenta

Rezávamos antes das provas,

Acolhe a nova geração, com sua moderna vestimenta.

A juventude caminha em algazarra ,

Falando ao celular.

Para nós, também, tudo era farra,

Até ao recitar “Vou-me Embora pra Parságada,”,

Do imortal professor e escritor Manuel Bandeira.

Nossa! Em Parságada tinha telefone automático???!!!

A tarde festiva me conduz à Avenida Vicente Machado,

Que não perdeu a sua majestade.

Continuo a percorrer os caminhos do tempo

E chego a uma conclusão:

Como é bom viver nesta cidade!

(Observação: o poema é uma homenagem à cidade de Ponta Grossa, localizada no estado do Paraná, região sul do Brasil).

Josete Maria Vichineski
Enviado por Josete Maria Vichineski em 15/03/2018
Reeditado em 04/06/2018
Código do texto: T6280259
Classificação de conteúdo: seguro