Amalgama

Bendigo os diferentes caminhos que seguíamos, mas que um dia se cruzaram e nos colocou um ao lado do outro.

Bendigo os momentos de indisfarçável ternura, de inconcebíveis discussões, de infindáveis carinhos, de incontroláveis ciúmes que amalgamaram o amor incontestável que hoje nos alicerça o edifício da existência comum.

Bendigo o rigor da tempestade que atingiu o seu ápice expondo as nossas diferenças e deficiências, sacudindo violentamente a árvore que plantamos há tanto tempo, derrubando-lhe as folhas e fanando os pouquíssimos frutos, demonstrando-nos toda a fragilidade e toda a fortaleza que trazemos dentro de nós e que oferecemos um para o outro.

Bendigo os momentos de riso.

Bendigo os momentos de pranto.

Bendigo os momentos de calma.

Bendigo os momentos de desespero.

Bendigo enfim, cada momento bom ou ruim, desde que eu saiba que você esteve comigo vivenciando-os. E os bendirei sempre, enquanto você permanecer comigo.

Dizer que te amo é pouco.

Dizer o quanto é impossível.

Tenho uma visão muito inexata sobre essas grandezas. Não compreendo e não sei quantificar isso. Sei, todavia que o que eu sinto transcende as limitações da nossa própria vida. Reafirmo assim, contigo o meu compromisso de permanecer ao teu lado, incondicionalmente. Durante toda vida e além dela!

Marcos Aurelio Paiva
Enviado por Marcos Aurelio Paiva em 27/10/2007
Código do texto: T711824