DEFECOU UM CESTO

Quem não conhece e como quem ver. Um fé-da-puta d’um primo meu nascido nos Cafundós, matuto que dói se deu bem na vida, casou-se com uma professora e foram morar na Côrte, lá adquiriu novos hábitos, só anda nos panos, todo almofadinha. Outro primo nosso, convalescendo foi procurar por saúde na metrópole e deu de cara com o parente emergente. Foi só alegria. Papo vai, papo vem e o novo rico ao se despedir, deu o seu endereço fazendo o seguinte convite: - Vamos almoçar conosco. O outro aceitou em cima da bucha e no dia marcado bateu à porta do... A mesa era uma fartura medonha, o matutinho correu os zoin na tentativa de enxergar o tal conosco, viu nas tigelas, cuscuz, feijão, arroz-de-leite, batata doce, jerimum, bode assado, buchada, panelada, mão-de-vaca, sarapatel, fussura, angu de milho..., no canto da mesa, o fi-duma-égua avistou um paliteiro, é o tal conosco, acreditou o amaldiçoado. Meu irmão, você nem acredita, o caipira deu de cabo dos palitos, não sobrou um para contar... No dia seguinte o condenado foi na casinha da pensão para fazer as suas necessidades, haja gemido e haja grito, parecia uma moleca de primeira cria em trabalho de parto. Acredite meu bichim, o homem obrou um cesto inteirinho!

Chiquimribeiro
Enviado por Chiquimribeiro em 03/02/2009
Reeditado em 18/03/2015
Código do texto: T1420418
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