A VIDENTE

Tô aqui novamente para contar as estripulias daquele nosso conterrâneo nascido nos Cafundós. O mal criado e desaforado “Seu Lunga’”. Né que o danado vinha passando por dificuldades vivia desanimado, cabisbaixo e um tanto apoquentado... Confidenciou o problema a um amigo. Este o aconselhou a procurar uma vidente recém chegada à terrinha, vinda do Codó no Maranhão. Seu Lunga em busca da verdade nas palavras da irmã menininha. Chegou ao endereço indicado. Tirou o chapéu fez o sinal da cruz e tocou a companhia. Uma voz feminina atendeu e perguntou – Quem é aí? Neste momento o velho é tomado pelo ódio, ficou possesso, chutou a porta e aos berros respondeu: - Sou eu... “Sua porra, fila- d’uma-égua”, que não sabe nem identificar quem bateu à sua porta. Como vai saber o passado, presente e futuro de alguém? Você é uma mentirosa, catimbozeira de meia tigela.