CRUZADA CONTRA AO ALCOOLISMO

De tanto falar em bêbado, quem não me conhece pensa qu’eu sou alcoólatra. Mas, para o bem da verdade, também sou apreciador d’água que “Passarim” não bebe, a famosa aguardente. Não dispenso “Ypioca, Chave de ouro, Colonial, Sapupara, Alencarina, Canaã, Madeira de lei, Redenção, Triunfo, Guaramiranga, Cariri, Cangati, Pau dentro, Chupa Cabra, Benção da Sogra, Amansa Corno e..., falei do mé, agora vou citar o ébrio. Comigo é assim: mato a cobra e mostro o pau, pois é, a verdade eu não escondo e mentira eu não comento. - Zé Gogo cheio da meropeia errou a porta do bar e adentrou na igreja na hora da missa. O padre aproveitou a homilia e caiu de quatro em cima do zonzo, resolveu dar um sermão no atordoado: - Irmãos, quem não for adepto do alcoolismo favor se ajoelhar fazendo uma cruzada contra a maldição que é a ebriedade. A assembléia se ajoelhou. Neste momento o embriagado foi a fora e por cima da carne seca com a boca cheia língua como fosse ter uma trombose, mira bem o celebrante e fala: - Arrégua seu vigário, achei o maior barato, como os demais não apreciam o derivado da cana de açúcar, a destilada sobrou para o senhor, para o sacristão e para mim. Que legal né! Agora por tudo quanto for mais sagrado, não confunda. Sobrou para o trio e não pra trindade. Aproveita sua pequena permanência na casa do pai, faz uma oração seguida do sinal da cruz e arriba à procura de um botequim.

Inspirado em anedota popular, não conheço o autor.