SUPÉRFLUO OU MALAMANHADO

O tempo passa e com ele, a barriga cresce, mijador amolece e as mãos calejam. Mas, a memória não falha. Ah! Cafundós de saudosas lembranças. De bobeira fui tomar pinga com nambu assada no sítio..., na casa do colega.. Que bebedeira pai-d’égua; aguardente com água-de-coco, tira-gosto de passarim e outras iguarias. Cachaça no buchim e a mundiça zonza batendo com a língua entre os dentes. - Tenho três namoradas, gaba-se um deles, o outro não deixa por menos: - Muiê comigo é no grito! Quincas salta de banda e diz: - Se vestir saia não escapa, de padre a coroinha eu trato! Conversa vai e papo vem, um dos presentes que o nome não..., sob o efeito etílico chora e fala alto: - Sou supérfluo! Sou supérfluo Chiquimribeiro! – Chega de bobagem, você é querido por todos e útil ao habitat, não se sinta supérfluo, consolei o peste. - Tenho trintas anos e jamais arrumei namoradas, contra argumenta o chorão. - Meu amigo você não é supérfluo, você é muito malamanhado, tive que usar da sinceridade.