A SINA DE OKÚ
 
 
Foi numa pequena aldeia, chamada Kaquiroú que nasceu um pequeno menino que se chamava Okú.
 
Ainda antes de nascer quase morreu como gado, pois um rompimento da placenta quase matou Okú afogado.
 
Quando criança a vida não era fácil, a miséria era grande e o alimento rareou, por isso quase que Okú definhou.
 
Mas mesmo com tanta tristeza, Okú sempre rezava na mesa.
 
A vida passou e o tempo não mente, logo Okú virou adolescente.
 
No colégio Okú era muito acanhado e muitas vezes passou por veado. Pois tinha um menino que era muito abusado e Okú sofria calado.
 
Na faculdade veio o tesão e logo Okú passou de mão em mão. Em muitas matérias ele foi mal e por muitos anos acabou levando pau.
 
Mas era inteligente e muito esforçado, com o tempo Okú foi graduado.
 
Okú sempre gostou de rigidez e na vida militar se encontrou de vez.
 
Acabou ficando popular e com os amigos Okú ia transar.
 
No quartel era muito querido e logo Okú foi promovido.
 
De soldado raso passou a general, definitivamente Okú não estava mal.
 
Ficou muito poderoso, indiferente. Okú ficou prepotente.
 
Mas ele era muito valente, por isso nas batalhas, Okú de trás passava pra frente.
 
Foi numa tarde fatídica, na batalha de Tamaú que uma flecha perdida atravessou o olho de Okú.
O cachorro de Okú, chamado Takinomú, chorava e lambia Okú.
 
E numa cerimônia respeitosa e derradeira, os soldados taparam Okú com a bandeira.
 
 
 
Nota: Texto baseado em uma piada que um amigo me contou nos tempos de adolescente.
 
     
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