SALDE DIVIDAS ANTES DA MORTE

Não é qu’eu queira falar bem dos meus conterrâneos. Eita povo pagador é o nascido nos cafundós! O devedor pode até atrasar um compromisso, só não passa em brancas nuvens, chega para o credor e confessa: - devo e não nego pago quando... Com essa fama toda, lojas de renome nacional se estabeleceram naquele rincão, dando credito a torto e a direito. O cartão virou moeda de compra, facilidade pra perder de vista. Zé de Tonha, sujeito honrado, pai exemplar, para agradar a família caiu na farra das compras. Com tantos compromissos foi eleito a inadimplente. Passado o tempo a loja credora saiu do mercado e Zé veio ao óbito dias depois. Ele, pessoa de bem, foi direto para os jardins do éden. Pobre homem sua entrada foi barrada, restrições no cadastro, motivo: dívida com a Mesbla. Agora pergunto: como pagar a dívida e recuperar esse espírito se a empresa credora faliu e o paradeiro dos donos é incerto e ignorado?