PESQUISA DE BOCA DE URNA

Um amigo das antigas, de longe me reconhece e muda a sua trajetória, pensando ele, “lá vem Chiquimribeiro falar novamente da vida alheia, errônea interpretação”. Se a oportunidade me for favorável a cruzar novamente com este fédaputa o mandarei pra..., eu iria prosear sobre política e não falar da conduta de sua mãe. Cafundós sempre esteve na vanguarda dos acontecimentos, fazia pesquisa de boca de urna antes mesmo de aparecer (Gallup, Datafolha e Ibope). Contava meu avô que um coronel amigo seu, gatuno na arte de fraudar eleições, sempre ganhava as apostas contando com sua astúcia political. No dia da eleição, para agradar e induzir os eleitores escalava meia dúzia de babão, a disponibilizar próximas as seções eleitorais, dois potes com água fresca, canecas de alumínio e as fotos dos candidatos da UDN e PSD fixadas na parte externa dos vasos, tendo em vista que, naqueles idos só existia dois partidos. Antes do encerramento do pleito o raposa velha ordenava aos seus jagunços a medirem a água dos potes, aquele recipiente com menor volume d’água indicava a vitória do candidato que tinha a foto colada. Como na época a apuração era no mamo a mano, o coronel de posse das informações privilegiadas, partia para as apostas faturando em cima da eleição.