Comprei um circo


Saí de férias e comprei um Circo... Pra azar do poeta:

O anão cresceu
A mulher barbada descobriu a gilete
O macaco fugiu de patinete
O trapezista de tanto se balançar, criou asas e voou
O elefante se assustou com o ratinho e morreu
O domador bobeou e virou jantar do leão
Que se empanturrou e morreu de indigestão
O palhaço que perdeu a graça, nunca mais se pintou
A Graça, bailarina, abandonou o palhaço, fugiu do circo e se casou
A jaula se abriu
A bicharada toda fugiu
 
Só ficou o poeta na bilheteria
Com narizinho de palhaço
Por achar que poderia
Viver do circo e da poesia
 
Estou vendendo um circo...
Quer comprar?
Leva a lona e um poeta
Para seus versos declamar