REDES SOCIAIS CAFUNDOENSES

Nada no mundo é tão veloz quanto às redes sociais Cafundoense. Desde os primórdios da invenção do fuxico, o canal oficial para bisbilhotamento dos pormenores vividos pelos habitantes dos Cafundós. Ao entardecer, certos moradores se apostam em cadeiras enfileiradas nas calçadas, outros esparramam o ‘ganha pão’ no meio fio, jogando carteado e, naquele leriado informal, iniciam a malhação. Nesse ínterim, com a língua entre os dentes, a boca cospe fogo na vida da população: O senhor vigário é perseguido pela beata... sendo assim, ela acaba virando burra de padre. O guarda ‘Napo’ vigia a praça e o urso olha a mulher dele; Zé padeiro assa o pão e o leiteiro come a broa da..., a filha do doutor coronel prefeito, que foi estudar na capital, já foi diplomada, voltou embarrigada. Essa rede não necessita de equipamentos mem de ferramentas como facebook, twitter, orkut, ficam só no instragram, estragando a vida alheia.