O guerreiro celestial. -Introdução.

Os elfos dos Campos Belos estavam acomodados ao Poder do Senhor do Escuro, os anões das Colinas Baixas estavam dominados pelo terror, os homens das nações humanas tinham se esquecido das eras anteriores em que elfos, anões e homens se juntaram para vencer o mal. Os outros seres viviam em suas terras sem sofrer as consequências do acovardamento das três castas guerreiras, enquanto os seres celestiais esperavam o momento oportuno para enviarem uma ajuda aos seres terrenos. Assim se iniciava uma era em que tudo se ganhava ou tudo se perdia: era o momento decisivo chegando.

O Senhor do Escuro tentou tomar posse da Cidade Sagrada, onde os últimos anjos remanescentes das Ordens Antigas esperavam pelo sinal do Céu para saber o momento em que deveriam agir. Entretanto, ainda havia guardiões na cidade: guerreiros remanescentes das eras anteriores que passaram seus ensinamentos de geração em geração e fizeram a resistência nas circunvizinhanças da cidade. Assim, houve uma batalha que durou dez dias e que resultou no isolamento da Cidade Sagrada.

Antes de a batalha começar, havia comércio entre a Cidade Sagrada e as regiões vizinhas habitadas por guardiões. Estes eram divididos em elfos da antiga linhagem, anões anciães e homens magos, que ainda lutavam pela luz. Entretanto, na Cidade Sagrada só havia anjos, todos incapazes de fazer mal a uma mosca e que eram protegidos pelos guardiões, mas cujos poderes faziam dos guardiões guerreiros invencíveis.

Certa vez, um anjo da Cidade Sagrada se apaixonou por uma mulher meio elfo e meio humana e fez nela nascer um filho, que nasceu dentro da Cidade Sagrada com características de homem, elfo e anjo e que foi batizado por um anjo. Seu nome era Gabriel.

Quando Gabriel nasceu, uma mensagem do Céu foi enviada aos anjos: Gabriel era o guerreiro enviado do Céu para combater o Senhor do Escuro. Todos ficaram sabendo da notícia. Assim, a notícia chegou aos ouvidos do Senhor do Escuro. Este mandou imediatamente as suas tropas rumo à Cidade Sagrada: eram doze mil soldados demoníacos obedientes à vontade maligna.

Não tardou muito para que as tropas demoníacas chegassem às circunvizinhanças da Cidade Sagrada. Os demônios foram recebidos por uma chuva de flechas dos guardiões, que totalizavam um número de três mil guerreiros. A batalha foi sangrenta, mas, enquanto havia um guardião para cada quatro demônios, morria um guardião para cada doze demônios mortos. Ao final da batalha, restaram três mil demônios, que cercaram os guardiões, e dois mil, duzentos e cinquenta guardiões. Essa batalha durou dez dias, ao fim dos quais os demônios cercaram a cidade. Muitos guardiões tentaram quebrar o cerco, mas morreram até que só restassem dois mil guardiões.

Por doze anos a luta se estendeu e os anjos tiveram que pegar em armas e aumentaram o número de combatentes, mas os demônios também aumentaram em número. Como os recursos dos anjos e dos guardiões estavam acabando, um anjo foi enviado para pedir ajuda: era Gabriel, que já tinha doze anos.

Gabriel chegou aos Campos Belos e pediu a ajuda dos elfos e estes mandaram dois mil elfos. Ele também passou pelas Colinas Baixas e conseguiu somar ao seu exército mil e quinhentos anões. Finalmente, Gabriel chegou às nações humanas e das mil nações seis mil e quinhentos homens se dispuseram a seguir Gabriel. Eram dez mil guerreiros ao todo e marcharam sobre os inimigos, dizimando-os, pois eram apenas quinze mil.

Quando Gabriel retornou para a Cidade Sagrada, cuidou para que os laços entre eles e os homens, os anões e os elfos se estreitassem. Formou-se um exército de cinquenta mil combatentes. Marcharam sobre os inimigos e venceram, mas o Diabo, que era o Senhor do Escuro sobreviveu através de seu espírito, que se mantinha vivo através do poder que o pecado lhe dava.

Passados mil anos, Gabriel já falecera: morrera aos duzentos e quarenta e oito anos. Alguns anjos sobreviveram, não restaram muitos elfos e anões, mas os seres humanos se multiplicaram. Entretanto, os seres das trevas ganharam outras formas e o poder do pecado corrompeu alguns homens, fazendo com que as trevas atingissem também os homens, além dos lugares sombrios habitados pelos seres da escuridão.

Ulisses de Maio
Enviado por Ulisses de Maio em 09/07/2012
Reeditado em 30/07/2012
Código do texto: T3769513
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