A alma humana 1

Era uma vez um reino cercado por uma floresta na encosta de uma montanha, o rei era um homem valente e corajoso e seus ideais de liberdade e lealdade eram conhecidos por todos; mas havia rumores no leste de que uma sombra crescia, e vinha do submundo, - A terra dos dragões -; assim, esse rei preparou desde cedo um exército de monges prontos para a batalha e avisou a todos os que pôde, mas só obteve resposta do Reino dos Elementos da Água, da Terra e do Fogo; pois o Reino do Elemento Ar estava muito ocupado combatendo religiosamente invasores espirituais; assim o rei Hildebrando formou um exército de resistência, enquanto os dragões e espectros do submundo formavam um exército invasor: A guerra foi travada no Pântano da Floresta; muito sangue foi derramado - Legiões de elfos e homens uniram-se frente ao exército de dragões e seres sombrios; porém, no meio da guerra, um homem - O único Vanir dentre os seres de luz - levantou uma lança contra o único Svartálfar e acertou-lhe o coração; o elfo negro usou um diamante mágico que usava como brilhante em seu anel real e vaporizou. Entretanto, os dragões e espectros ainda eram muitos e, embora estivessem sem a criatura anterior, deixaram a forma humana e adquiriram forma animal: Dragões e dragões voaram soltando rajadas de fogo para todos os lados, nos quais os espectros montavam; foi então que o Vanir percebeu a hora e abriu as asas, renunciando à vida na terra, e subiu aos céus; como resultado os homens adquiriram a proteção do Sol, que passou a afugentar os espectros, que tomaram forma de vampiros; enquanto os dragões passaram a temer os matadores de dragão, ou seja, todos os homens que estavam do lado de Hildebrando.

A verdadeira guerra havia acabado de começar: Hildebrando soou a corneta para denunciar os dragões, os monges entraram em ação com suas espadas e seus escudos, os elfos recuaram e lançaram mão dos arcos e flechas; já os vampiros sumiram nas sombras da floresta e o sol brilhava ao meio-dia, enquanto os dragões lançavam rajadas de vapor quente e chamas por onde quer que houvesse vilarejos com pessoas inocentes. Os monges e os elfos protegeram as vilas e salvaram muitas vidas, matando centenas de dragões; o restante dos homens defendeu o reino. Muitos dragões refugiaram-se em cavernas e desapareceram, {com a maldição que abria a porta para o outro mundo.}

Hildebrando era um bom rei e tinha um filho, Alejandro, e uma corte bastante extensa, possuía uma guarda real sob a chefia do chefe da guarda pessoal do rei, Élio, além de seis exércitos espalhados pelo reino, cada um dos exércitos com duzentos homens, excluindo o exército de dez mil homens, setiscentos elfos e seiscentos monges; aqueles seis exércitos estavam espalhados: Um protegendo o Portão Sul, outro, o Norte, outro, o Leste, e, por fim, o Oeste; enquanto os outros dois exércitos tinham sido mandados para o mar e para o sertão, respectivamente.

Alejandro foi enviado ao mar, numa missão para recepcionar os espectros da ilha Aracaê, mas não obteve vitória, pois foram trinta naus, cada uma com mil tripulantes, resultando num massacre; entretanto, Alejandro fugiu e conseguiu escapar, mas tudo perdera: cavalos, alimentos - estava só e em meio a um pântano barrento do contato do rio com o mar.

Quando amanheceu, o filho do rei despertou, refugiara-se numa caverna, havia claridade lá fora, mas não se via nada lá dentro; foi então que os pássaros cantaram e tudo parecia o mais claro possível: O som do mar, as gaivotas... Alejandro foi espiar a luz e viu uma praia deserta, apenas alguns pedaços de madeira e destroços do que fora o seu exército. Logo avistou corpo e corpos resultantes do massacre, e, embora ele mesmo tivesse matado muitos, os corpos dos espectros haviam se degenerado ao contato com a luz do sol. Caminhou por um pedaço da praia e foi juntando o máximo de mantimentos possível necessários para o seu regresso à casa; foi então que o sol deu lugar a uma sombra enorme: Era um dragão; o príncipe correu para a caverna e escapou das guarras e dos dentes do dragão, mas a rajada de fogo só não o pegou porque havia um lago no interior da caverna, onde o infante se protegeu; porém o dragão espremeu-se e atingiu o interior da caverna, que desmoronou e esmagou o dragão, impossibilitando o retorno do nobre à saída.

Alejandro carregava a sua espada e teve que arrancar algumas tripas do dragão até poder respirar direito. Estava lá, no fundo da caverna, sem saída; tentou abrir caminho, mas, quanto mais ele cavava, mais difícil se tornava chegar à saída; então resolveu mergulhar, deixou os seus pertences na caverna e foi, sem armadura ou arma, para o outro lado da lagoa, atingindo outra caverna, com outro lado, também banhado de sol. Teve o trabalho de levar a sua carga para a outra margem da lagoa; terminada a travessia, foi espiar o lugar clareado de sol e viu um rio largo e comprido margeado por uma floresta densa, divisou ao longe uma cascata e, próximo, um barco, mas sem presença de dono. Alejandro caminhou até o barco e lá encontrou um remo, apenas isso, mais nada. Então o príncipe se orientou pelo sol e seguiu rio abaixo, sempre margeando o leito até chegar a uma vila de anões.

Quando viu o primeiro anão, houve o soar de cornetas e um grupo de vinte anões, divididos em quatro barcos, cada um com tripulação de cinco, abordou o barco de Alejandro, que já estava faminto e cansado, desmaiando logo que os anões o abordaram.

Quando o infante despertou, estava deitado sobre uma cama de palha, num pequeno celeiro, com pôneis - Ali viu dois guardas anões que vigiavam o seu sono; estes tocaram um sino e o celeiro ficou cheio de anões, todos vestidos com armaduras e portando armas -; Então Alejandro perguntou: "Onde estou?" E um anão, muito mais velho que os outros, grizalho e enrugado, enquanto entrava no celeiro, falou: "Este é o Reino do Fogo Claro. É onde vivem os anões e alguns seres das trevas com os quais somos obrigados a sobreviver. E você? De onde vens?"

-Venho da Terra dos Homens, do reino do rei Hildebrando, amigo dos elfos. -Disse o estranjeiro.

Um anão, da guarda do anão soberano, disse: "Mantenham o homem preso, está sob suspeita, sabe-se lá o que lhe ocorreu em sua jornada, vou falar com o rei."

Enquanto isso, Alejandro conversou com os anões, aprendeu que estes eram muito conversadores e simpáticos, mas ocultavam segredos misteriosos, como o poder do Colar Divino, que havia sido dado ao rei de trezentos séculos atrás por um anjo, mas a passagem para o mundo angelical fechou-se depois que os anões tomaram o poder do colar para questões pessoais do monarca, e assim permaneceu até hoje.

Cabe aqui esclarecer que os anões vivem apenas cinquenta anos, no máximo, mas antes do colar eles viviam mil anos - aproveitando-me da oportunidade quero explicar que os elfos sempre viveram até o máximo de dez mil anos, enquanto os Vanir vivem imortalmente; já os Svartálfar vivem da carne e do sangue humano, sobrevivendo qual vampiros pela eternidade.

Na manhã seguinte, os anões levaram Alejandro até a presença do rei e este perguntou na língua Geral - linguagem dos viajantes usada naquela região desde muitos séculos - o que fizera um homem atravessar a caverna, pois era um portal sagrado, vigiado por um dragão malígno e, sob pena de morte, somente um iniciado pelos anjos poderia atravessar a caverna. O rei anão, porém, deu uma chance ao viajante e incubiu-lhe a missão de caçar os vampiros que inpestavam as fazendas dos duendes, que eram mais baixos do que os anões (1,2 metros), medindo cinquenta centímetros; deram-lhe uma estaca, um arco, vinte flechas, água e comida.

Enquanto isso, Hildebrando estranhava, no reino, a demora de Alejandro, pois os cinco reinos já haviam retornado; em função dessa demora, o pai de Alejandro enviou cem homens, escolhidos a dedo, em busca do seu filho.

Enquanto Hildebrando buscava seu filho Alejandro, numa outra dimensão, numa realidade onde nós conhecemos a existência humana, as coisas pareciam diferentes, tudo o que havia e as pessoas que lá viviam pareciam diferentes, como se existissem em outra vida. O mundo havia aprendido que as máquinas, inteligentes, eram perigosas e traiçoeiras; então começou uma guerra entre homens e máquinas. Como estratégia, as máquinas fizeram experiências com seres humanos - experiências genéticas - e, com muita maldade, fizeram a fantasia invadir essa realidade: Inicialmente, os homens enlouqueciam, mas, depois de muitas experiências, a fantasia começou a existir, até que veio o primeiro ser da fantasia: O Conde Drácula.

Drácula era o vampiro mais conhecido de todos os tempos no Mundo da Fantasia, mas os seres da Fantasia não o temiam, mas, na verdade, tinham pavor dele. Era o mais apavorante dos imortais e dizia-se que a sua maldade superava a maldade do Diabo.

Certa vez, o coração de uma donzela chamada Larissa se apaixonou pelo rosto de um comerciante de uma grande cidade do Brasil, chamada Fortaleza. Os corpos deles se conheceram numa noite em que havia um baile à fantasia na casa de uma amiga da Larissa para a qual foram convidados. O fígado dela bebeu muito e acabou indo para a cama com o comerciante chamado Diego.

Havia muito tempo, a mente de Diego fora internada numa clínica psiquiátrica por ter esquizofrenia e ela foi diagnosticada como a mente de um médium que não tinha controle dos seus dons.

Assim, quando os órgãos sexuais de Larissa e Diego transaram, o Drácula encarnou no comerciante e transou com a donzela e o espírito desta ficou apaixonado e desde então passou a ter alucinações causadas pelo vampiro.

Esse foi o encontro entre os espíritos de Larissa e Drácula, mas Drácula era ciumento e queria Larissa só para ele. Então o vampiro resolveu passar para o mundo dos vivos e escolheu o corpo de Diego para habitar, mas antes disso teria que enfrentar o ritual dos bruxos da Fantasia para passar para este mundo.

Fantasia estava em estado de alerta, pois dizia-se que nasceria o filho do Conde Drácula, mas tudo era especulação, pois o corpo de Larissa não ficara grávido, mas nascera um portal em Diego para a passagem do Conde Drácula para este mundo. Apenas com o ritual dos bruxos da Fantasia é que Drácula conseguiria passar para este mundo.

A mente de Diego não se lembrava de nada do que acontecera naquela noite, mas estava convicta de que ele era o mais mortal dos mortais, pois se sentia muito exausto e parecia que sua vida estava terminando.

Drácula começou procurando pensar tudo o que sentira no corpo de Diego e falou com os Cavaleiros Templários da Fantasia sobre a possibilidade de eles o deixarem passar para o outro lado, mas eles negaram qualquer chance. Então Drácula buscou as ninfas e pediu para elas deixarem ele usar a imagem de Diego, mas elas disseram que ele deveria fazer o ritual. Então ele fez.

Primeiro, Drácula pediu para Afrodite dar-lhe ambrosia e esta entregou-lhe após pedir-lhe um beijo de vampiro. Segundo, Drácula ofereceu ambrosia para as ninfas e dormiu com elas. Terceiro, Drácula teve filhos com as ninfas cujas gestações duraram um dia terreno, mas nove meses na Fantasia. Quarto, Drácula ofereceu um dos seus filhos aos duendes dos países vizinhos ao mundo material e recebeu em troca a magia suprema dos duendes, que provinha de ervas do mundo terreno. Assim, Drácula provou da magia e a usou para ganhar vida através do portal que ele produzira e passou-se para o mundo material.

Drácula estava apaixonado por Larissa e queria tê-la novamente em seus braços. Encarnado em Diego, ele foi atrás de Larissa. Chegando à casa dela, de que Diego sabia o endereço, encontrou-a abraçada com outro homem e Drácula ficou furioso.

O vampiro ficou com vontade de morder o homem com o qual se sentia traído pela donzela, mas conteve-se. Precisava primeiro tomar satisfações, mas, quando menos esperava, as pernas dela entraram acompanhadas pelo amante.

Drácula gritou de dor! A sua vaidade estava manchada de sangue de traidores. Precisava vingar-se, mas antes era necessário tomar o corpo de Diego totalmente para si e, para isso, precisava se alimentar. Então resolveu beber do sangue do amante de Larissa.

Esperou o corpo do amante sair. Já era noite e o rosto dela não apareceu lá fora. Estavam só ele e o amante. Seguiu-o até a sua casa, que não ficava longe. Esperou até ele ficar em frente à porta de casa e sangrou-o com os seus dentes, chupando-lhe o sangue. A consciência do amante ficou desacordada e Drácula fugiu.

Drácula estava molhado de sangue e, por isso, não podia ir à casa de Larissa e achou melhor ligar para ela da casa de Diego.

-Alô?-Disse ela.

-Olá!-Disse ele com a voz grossa e má de Drácula.

-Quem fala?-Perguntou ela.

-Sou eu, meu amor, não se lembra?-Disse ele cinicamente.

Mas a mente dela não lembrava, embora o coração sim, e desligou o telefone, mas Drácula ligou novamente.

A boca dela atendeu e o corpo de Diego explicou para ela tudo o que acontecera na noite de amor deles. A mente dela ficou desconcertada e disse que fora um engano. Explicou que estava bêbada e que não lembrava de nada, mas Drácula gritou furiosa e rispidamente:

-Não se lembra de mim?! Sou eu que estou nos seus sonhos!-E desligou o telefone.

Drácula tentava conquistar a sua donzela com alucinações de vampiro, mas o feitiço parecia não prosperar. Então ele resolveu procurar Eros no Mundo da Fantasia e trazê-lo para o mundo material para fazer Larissa se apaixonar por ele.

Eros se passou para o corpo de Diego com magia dos duendes e fez o seu trabalho. O inconsciente de Larissa ficou ainda mais apaixonado por Drácula, mas o medo que ele sentia de Diego fazia ele se afastar do médium ainda mais.

Drácula ligou para Larissa, mas a voz dela não atendia. Parecia que sua donzela tinha saído. Então Drácula resolveu visitá-la e tentar mais uma vez conquistá-la, mas teve outra decepção. O corpo dela estava fora de casa, sentado na calçada, abraçado de costas pelo amante que ele mordera. O rosto dele parecia mais belo agora que era vampiro.

Quando os olhos do namorado de Larissa viram Diego, ficaram assustados e eles entraram.

Drácula ficou arrasado e resolveu vingar-se de Larissa. Procurou mulheres e as possuiu sem sentir amor, como o mais cruel dos vampiros, a cativar aquelas pobres infelizes.

Por que motivo o coração de Larissa não cedia a Drácula? Era ela uma vampira impiedosa como ele? Seria uma caçadora de vampiros? Mas ninguém respondia aos lamentos do vampiro.

Drácula bebeu do sangue daquelas mulheres e resolveu usá-las para conquistar Larissa. E, agora que a mente do amante dela era escrava de Drácula, ele pensava que poderia manipulá-lo para conquistá-la.

Drácula sentia-se o mais pobre de amor dos homens, mas resolveu continuar a busca pela sua donzela.

Drácula resolveu ousar e invadiu a casa do amante de sua donzela e apareceu para ele com cinismo de vampiro, tentando usar seu carisma de vampiro que o mordera para dominá-lo, mas o corpo dele se recusou a se render a Drácula e tentou fugir, mas Drácula o segurou e perguntou:

-Estás com medo?

Mas a boca dele não respondeu e tentou agredir Drácula com um murro, mas este segurou o punho do seu oponente e o derrubou, tentando dar-lhe mais uma mordida, mas a outra face do amante de Larissa se revelou, gritando:

-Sou Gabriel!-E, dizendo isso, livrou-se de Drácula e correu para a cozinha, mas Drácula desapareceu.

Drácula ficara muito furioso quando descobriu a natureza do seu inimigo: era um anjo, mas não um anjo qualquer, mas o arcanjo Gabriel, o primeiro dos primeiros anjos bons de Deus. Então não adiantava nada tentar mordê-lo. Ele tinha que revelá-lo e cortar as suas asas e só então poderia matá-lo, mas revelá-lo poderia ser perigoso.

Drácula já se sentia completamente encarnado no corpo de Diego, mas, para passar seus poderes e habilidades para o mundo terreno, teria que beber o sangue de um elfo, mas onde encontrar um elfo no mundo material?

Drácula buscou pela resposta àquela pergunta pelos quatro cantos do Mundo da Fantasia, mas só foi encontrar quando procurou na Cidade dos Espíritos Encarnados, que eram espíritos encarnados no mundo material e que tinham conexão com o Mundo da Fantasia através dos espíritos dessa cidade. Foi um vidente que lhe deu a resposta para a sua pergunta: traga-me um elfo e eu me tornarei um elfo e, em troca, você me tornará um vampiro no mundo material.

Drácula aceitou a proposta do vidente e, sem exitar, levou-lhe um elfo. Depois Drácula foi atrás do vidente no mundo material e o encontrou. Bebeu do seu sangue e tornou-se o vampiro mais poderoso de todos no mundo terreno.

Agora que Drácula tinha se transformado no mais temível dos imortais na Terra, resolveu fazer uma visitinha a Larissa, mas, desta vez, não pretendia falhar. Foi à casa dela e invadiu-a, escondendo-se atrás da cortina. Os pés dela passaram sem vê-lo. Ele deu um passo para o lado e os olhos dela viram a cortina se mexer, mas, quando eles foram ver o que era, Drácula tinha desaparecido.

Todos os dias ele visitava ela naquele mesmo horário: de tardezinha, mas a mente dela não sabia que estava sendo observada por ele; percebia, no entanto, a presença de alguém.

Certo dia, Drácula resolveu invadir os sonhos de Larissa, mas teve uma surpresa: Gabriel estava nos sonhos dela, mas estava revelado e Drácula tentou matá-lo, mas Gabriel era mais forte e expulsou Drácula para os pesadelos dela. Assim, Drácula entendeu que teria que matar Gabriel para conquistar Larissa.

Drácula procurou as vampiras que mordera e fez um plano com elas: elas conquistariam Gabriel e fariam sexo com ele até uma delas ficar grávida e essa se casaria com ele. Então, uma das vampiras de Drácula conseguiu seduzir o corpo do amante de Larissa e ficou grávida dele. Ela contou tudo para Larissa e o coração dela se partiu e afastou-a do amante. Assim, Drácula se aproximou de Larissa e a conquistou.

O anjo Gabriel não conseguia entender como suas mãos deixaram cair o coração da sua protegida em troca dos seios de vampiras infiéis, perdendo-a para o Conde Drácula, mas Drácula sabia muito bem o que fizera e desfrutava dos prazeres de amar a pele, os cabelos e o cheiro da sua donzela.

Gabriel resolveu revelar toda a verdade para o coração de Larissa, mas o coração dela não queria vê-lo. Então resolveu invadir os sonhos dela e foi neles que disse aos seus ouvidos:

"-Sou o anjo Gabriel e preciso que você entenda que o que aconteceu com a gente foi verdadeiro. Entenda que a minha missão celestial aqui na Terra é protegê-la de Drácula, que está encarnado no corpo de Diego. Então, deixe-me reaproximar de você, que farei de você a mulher mais feliz do mundo."

Quando os olhos de Larissa se abriram, lembraram-se do sonho que tiveram com Gabriel e o coração de Larissa voltou a bater mais forte pelo seu antigo amante, mas Drácula era encantador e o ventre dela não resistia mais aos seus encantos sexuais, pois Drácula era invencível na cama.

Certo dia, as pernas de Larissa passeavam pela calçada e Gabriel as encontrou e pediu para elas darem um tempinho para ele se explicar. Eles conversaram e o coração de Larissa revelou o seu lado apaixonado por Diego, mas Gabriel não se deu por vencido e tentou convencê-la de que Diego era perigoso, mas a mão dela não se conteve e deu um tapa no rosto de Gabriel e os pés dela saíram correndo.

Gabriel voltou para casa deprimido e teve uma idéia: a solução seria exorcisar Drácula do corpo de Diego antes que ele se tornasse o próprio Diego.

Gabriel resolveu fazer o exorcismo de Drácula do corpo de Diego com seus poderes de anjo, mas, para isso, necessitaria transformar-se em anjo. Então Gabriel foi até um precipício e saltou, na espera de que as suas asas se abrissem e foi o que aconteceu: ocorreu um milagre e as asas de Gabriel se abriram e ele se transformou em um anjo.

Quando Gabriel pousou, suas asas desapareceram e ele voltou à forma humana. Pronto, Gabriel já sabia transformar-se; agora era só uma questão de oportunidade para exorcizar Drácula de Diego.

Diego estava frequentando a casa de Larissa, mas sempre ia dormir em casa e deixava a janela aberta. Aproveitando-se disso, Gabriel entrou no quarto de Diego e, transformado em anjo, ordenou que Drácula deixasse o corpo de Diego, e Drácula cedeu.

Assim, Gabriel realizou a sua missão de proteger Larissa de Drácula.

Porém isso foi apenas a primeira batalha.

Para o Universo humano sofrer com a verdadeira invasão da fantasia era necessário que o irracional se tornasse realidade; aconteceu algo inesperado: O anjo do apocalipse desceu à Terra e um apocalipse começou a se delinear. Aconteceu que um adulto de 23 anos (um jovem que trabalhava entregando jornais) sofreu uma crise de pânico e passou a enxergar demônios. Não eram demônios naturais dos pesadelos humanos ou das histórias de terror; eram demônios que confudiam a fé humana e alimentavam-se da fé dos seres das trevas. Esse jovem viu-se cercado por esses demônios que se espelhavam nas pessoas que o magoaram. Eram demônios que buscavam divertir o Diabo com a maldade demoníaca; muito embora esse jovem recebesse as visitas de Gabriel, que mostrou ao rapaz o reino celestial e, assim, o caminho da salvação, tornando-o um pastor da humanidade.

Acontece que era o Apocalipse e as visões desse jovem eram reais: Começou com a descida de um anjinho, encarnado enquanto filho de uma jornalista e um ex-padre, que se casaram com concessão do Vaticano. Esse anjinho atraiu os seres da trevas, que tentavam contrabalançar o bem com o mal; entretanto, o anjinho tornou-se um advogado muito inteligente e escreveu romances religiosos. Em contrapartida, muitos demônios envolveram-se com os religosos, confundindo os seres humanos. Foi então que, com a descida do anjo do apocalipse, tudo tornou-se verdade e a realidade passou a confundir-se com os sonhos; como sempre, entretanto, os homens viraram avestruzes e enfiaram a cabeça no buraco.

Havia mortos vivos militares (demônios que possuiam agentes das forças armadas, militares superiores, espiões importantes e políticos, além de terroristas e criminosos religiosos) e o mundo estava um caos. Tudo isso era visto, por vidência, pelo rapaz que tornara-se pastor da humanidade, seu nome era Igor.

O mundo ainda parecia normal, as pessoas buscavam segurança nas grades de suas casas, recorriam à polícia e à justiça, mas alguns acontecimentos começaram a engendrar um futuro caótico: Havia uma orda de canibais que existiam duplamente: Em matéria eram humanos canibais, mas eram possuídos pelos mortos-vivos militares, resultando no fato de serem demônios assassinos. Esse tipo de demônio possuía uma natureza mística, só que o místico aqui era o Diabo e não Deus. Com esse misticismo, esses demônios liam pensamentos e localizavam as suas vítimas onde quer que elas estivesse, inclusive em Igrejas, pois já se havia iniciado o Apocalipse; entretanto havia os combatente, como o Igor, que liam as imagens das línguas celestes e sabiam manejar os símbolos divinos, como a espada Anjelical - Uma força espiritual, que se vê nos reinos celestes e acompanham os vidntes no processo de iniciação anjelical. Essa espada aniquilava os mortos-vivos e inutilizavam o misticismo desses demônios, mas era necessário ir além, pois muitas outras entidades planejavam destruir este mundo; como, por exemplo, os mortos-vivos dos reinos infernais - Eram demônios, e não anjos caídos, embora Deus possuísse anjos entre eles; entretanto esses anjos eram semelhantes aos demônios, pois havia uma conspiração das forças malignas superiores para a extinção da luz nas proximidades da Terra em nos níveis infernais, principalmente. Esses mortos-vivos dos reinos infernais eram almas condenadas ao Inferno, mas que se rebelaram e tornaram-se seres sombrios - Então são envidos pelo Diabo para a Terra com a missão de fazer o Apocalipse demoníaco, objetivando dar ao Diabo os poderes cósmicos da Terra.

Nada disso era perceptível aos olhos comuns, mas isso mudou radicalmente quando surgiu um homem numa cidade do Brasil, capital do Ceará - Fortaleza (1996); esse homem não tinha história, nem documentos, nem família, parecia mudo, surdo e cego; foi acolhido num abrigo e lá ficou durante cinco anos, durante os quais aprendeu algumas palavras, como ajuda, bem e mal. Então fecharam o abrigo e ele foi viver na rua - Era alto, magro, branco, louro, de olhos azuis e tinha um rosto comprido. Ele foi morar debaixo da ponte; três anos depois ele deapareceu e ninguém sabia para onde tinha ido. Entretanto isso já vinha se repetindo num intervalo de dois anos. Ou seja, em 1986, 1976, 1966, 1956, 1946, 1936. Foi aqui que começou e, relacionando Hittler com extra-terrestres, acrescentando-se todos eles serem arianos puros, pode-se supor que o nazismo veios desses extra-terrestres com a doutrina para slavar este mundo do Apocalipse. Entretanto, teve resultados catastróficos, em vista de os seres extra-terrestres não serem muito amigáveis.

Na verdade, os extra-terrestres já estavam observando a Terra há muito tempo e possuíam populações inteiras de alienígenas que enviavam expectros para a Terra, em prol de estudar uma forma de vida alternativa entre os humanos - Porém os extra-terrestres não tinham aprendido coisas boas com os homens e planejavam associar-se às forças malignas que planejavam tornar o Apocalipse na Terra o reino do Diabo, destruindo a idéia moral do Apocalipse enquanto o Juízo Final de Deus.

Muitos filósofos já tinham entendido tudos isso, incluindo dois antagônicos: Jesus Cristo e Hittler. O primeiro tornou-se iniciado do bem, mas usou muitos poderes, descortinando coisas importantes do inconsciente divino, proclamando o reino celestial e o Apocalipse de Deus - o qual todos tememos -; o segundo tornou-se um iniciado do mal, conseguindo muitos adeptos para construir um Império Nazista na Terra.

Certa vez, um homem, conhecedor do ocultismo, seguiu um caminho místico que o fez confrontar-se com o seu próprio demônio. Ficou entusiasmado, era mago e estudante de fenômenos paranormais. Fez relatórios das suas conversações, seguiu rituais até o limite: Foi quando o demônio passou a influenciar a vida desse homem, até que o homem virou escravo dessa entidade.

A partir de então, o homem começou a fazer rituais antropofágicos, muito semelhantes aos dos anteriores canibais, mas no perfil de um serial killer: As suas vítimas eram meninas, entre nove e doze anos; ele as sequestrava e comia - Porém, conforme fosse aperfeiçoando os rituais, sentia-se cada vez mais próximo do seu demônio, até que perdeu totalmente a identidade e seguiu sua vida de monstro até tornar-se um. Ele existiu no século XIX e, com os rituais, passou a envelhecer mais devagar, até que se tornou um monstro híbrido: Metade humano, metade vampiro; cometeu muitos crimes e, conforme os cometia, ia-se tornando menos humano, até que, um dia, seu sangue mudou e sua pele também, ganhando o poder para transformar-se em vampiro, mas, em sua forma humana, precisava dos rituais antropofágicos - Mas, em sua forma vampírica, precisava apenas de sangue humano. Ele tornou-se um demônio élfico.

Com esses acontecimentos pode-se constatar que havia uma atividade involuntária nos seres humanos que os coagia a um comportamento maníaco. Aproveitando isso, um homem mau usou dos seus conhecimentos do Livro dos Mortos e o Livro da Vida para despertar a múmia de Hamsés II, invocando-o e pedindo-lhe que despertasse os mortos - O que aconteceu, a princípio, apenas no nível nervoso (no máximo, algumas pessoas intuiam uma conversa sonambúlica com os mortos e ficava apavorada); entretanto, a princípio, não houve tumulto, porém os mortos começaram a recuperar o controle dos tecidos apodrecidos: A princípio, não era qualquer morto que levantava, devido às questões biológicas, porém, devido a encantamentos de Ramsés II, até os esqueletos se movimentavam. Todos os mortos despertaram em 25 de dezembro de 2015. Foi o início de um apocalipse.

O primeiro morto a se levantar do túmulo tinha sido enterrado há três meses e já estava cheio de vermes. Ele quebrou a tampa do caixão, cavou a terra até uma mão desenterrar-se - Depois

a outra, os braços, a cabeça, até sair totalmente. Um grupo de três pessoas estava a visitar um parente morto recentemente, enterrado num tempo de três dias. O grupo passou em frente ao morto vivo, mas não o notaram nem disseram nada. Num primeiro instante, o morto vivo tentou respirar, mas doía demais e ficou assim até sufocar, mas não morreu - Ele caíu nos instintos animais e foi, vorazmente, atrás da mulher do grupo e mordeu-lhe a cabeça, extraindo os miolos. Os outros correram para acudir a mulher, mas era tarde demais e ela mordeu o adulto homem - O menino fugiu e tentou pedir ajuda ao coveiro, mas este nem deu atenção, achava que era um trote e convidou o rapaz a ir-se embora, pois já era tarde.

-Home, como é que pode essas história? Vai catar coquinho que é melhor: Como é que criança dessa idade vem com fantasia de terror?

O menino, vendo que não adiantava, fugiu bem a tempo de escapar dos mortos vivos, mas o coveiro foi pego.

O Apocalipse já tinha sido anunciado há muito tempo, mas agora começou e, assim, desceu um anjo apocalíptico e vieram os quatro cavaleiros; o céu, entretanto, enviou sete anjos para sete igrejas diferentes, enquanto o inferno abriu um portal para demônios, que infestaram a Terra com o objetivo de ganhar o poder sobre as almas dos homens. Entretanto, havia um portal, pelo qual atravessaria Gabriel e o Diabo, e duelariam numa guerra que transformaria a humanidade.

Era uma vez um lugar onde vivia uma família, não era uma casa, na cidade; entretanto era um sítio onde vivia uma senhora, Dona Ana, com seus dois netinhos, Francisquinho e Aninha - cada um com doze anos. Lá havia também moradores, a cosinheira, Dona Matilde, e um peão, Seu Teodoro. Nesse lugar havia, na mata, muita superstição: Seu Teodoro contava a quem quisesse ouvir que, outro dia, andando pela floresta, viu um homem do tamanho da palma da sua mão - Ele não acreditou, na hora, que fosse algo paranormal, mas só se deu conta disso depois que zombou dele na frente de Dona Matilde, que disse: Impossível existir gente desse tamanho. Outra vez, caçando na mata um veado, viu um duende aproximar-se fumando um cachimbo - Olharam-se e, num piscar de olhos, o duende desapareceu. "Pois é, vi e num momento de tontura perdi o bicho!" Explicou Seu Teodoro a Dona Matilde. Seu Teodoro contava histórias para as crianças, ma não qualquer história, não - Contava a vida que vivia com os seres da mata. Falava de trol: "Eu perseguia uma vaca por dentro da mata, quando vi a bicha acuada por umas três figuras assombrosas: Pareciam macacos em pele humana, com presas no lugar de caninos, olhos vermelhos, buxo, cada um maior que o outro, um deles tinha seios caídos, os outros tinham o pinto, mas eram bichos horrorosos. De repente fiquei tonto e a vaca tomou a frente, fugindo, e, quando voltei para eles, haviam sumido."

Era dia 26 de dezembro de 2015. Francisquinho passeava a cavalo, num macho bem pequeno e lerdo; Aninha olhava e ria. Saiu um homem do cemitério. De longe só se via um pobre coitado. Para fazer cena, Francisquinho galopou até ele. "O que procede, senhor?" Quis ser educado. Mas o morto-vivo o ollhou fuzilando e abriu a boca, dizendo algo baixinho. Tinha olhos fixos qual cego. De pouquinho, foi mexendo os olhos até se voltar pro garoto, que desmontou e aproximou-se. Os olhos do morto estavam vermelhos e quando deram conta do rapaz ouviu-se sair da boca dele: "Miolos!" Sem distinguir verdade de fantasia, o rapaz correu, deixando o cavalo, que foi atacado pela criatura assombrosa.

Francisquinho, correndo, pegou pela mão de Aninha e, juntos, foram até a casa. Aninha só conseguira distinguir uma palavra que o menino falou ofegante: "Morto-vivo!" Quando chegaram no alpendre, depararam-se com Seu Teodoro. Ele ouviu tudo do garoto, que revelou o que ouvera, que saíra um morto-vivo do cemitério e atacara o Tartaruga, como chamavam o cavalinho.

Dona Ana, que ouvira tudo, disse: "É criancisse, imaginação muito alimentada pelo senhor, Seu Teodoro." E este olhou pela janela: Havia uns dez mendigos caminhando pelos pastos. Pegou sua montaria e foi verificar; viu os animais sendo atacados por eles, pareciam ter raiva; ele voltou e disse para chamar a polícia, o veterinário, o médico. Então, como ação imediata, reuniu os peões e começaram a enlaçar aqueles invasores, prenderam-nos; quando olharam bem, foram recohecendo gente morta: "É o mestre Genuário!" "E o Tadeu!" E foram reconhecendo os corpos desfigurados. "Estão todos vivos!" Festejaram. Iam aparecendo os outros e disseram ser milagre. Quando a polícia chegou, perguntou o que acontecia e apareceu o veterinário e o médico bem na hora. Seu Teodoro falou para todos: "É festejo por termos nossos entes queridos de volta!" Ele levou os profissionais até os ressucitados. O médico os examinou e atestou estarem mortos. E o veterinário examinou os animais e afirmou estarem no mesmo estado dos predadores. A polícia falou saber de algo que estava acontecendo internacionalmente desde o dia anterior. Os mortos estavam voltando à vida.

Num panorama internacional, o mundo já sofria com uma pandemia de mortos-vivos. As forças armadas internacionais foram ativadas, os militares de cada país se uniram e fizeram a resistência.

No meio de tudo isso, surgiu, próximo à Terra, uma nave espacial alienígena. Muitas pessoas foram abduzidas. A Terra lançou mísseis. Sem efeito. Então os aliens desceram misturaram-se, na Terra, com humanos e mortos-vivos. Os alienígenas fizeram pesquisas com os seres humanos, de forma a reduzir os homens a espectros do que foram e muitos foram retalhados, destruídos; então começou a surgir novas espécies de seres humanos, numa tentativa de sobrevivência. Anões, elfos, trols e gnomos. A fantasia irrompeu: Mutantes, seres antigos, antes aprisionados pelas religiões, mas agora livres, causando morte e destruição. O Apocalipse tinha-se iniciado.

Na mata do sítio da Dona Ana, havia uma entidade semelhante ao homem, que tinha nascido da Natureza - Parecia um homem velho e corcunda, mas tinha cento e cinquenta anos; tinha, entretanto, eficácia física de um macaco jovem - ele comia folhas de mamoeiro e digeria vegetais - não era, entretanto, nem homem nem macaco, mas uma criatura que transgredira a realidade e nascera naquele sítio, mas era totalmente desconhecido pela ciência e tinha o dom de se camuflar e desaparecer. Não falava a linguagem humana, mas a linguagem geral do Mundo Antigo, onde criaturas que são conhecidas somente na fantasia humana existem.

Os mortos vivos cresciam em quantidade no sítio da Dona Ana e a munição, cordas, lugares para confinar, tudo estava ficando escasso, então resolveram partir na caminhonete do Seu Teodoro; no caminho, entretanto, foram atingidos por um dragão que cuspia fogo: Ninguém morreu, mas o carro ficou danificado; então fugiram para dentro da floresta, onde viram a criatura anterior - Esta os olhou, piscou os olhos de serpente e sibilou palavras da linguagem geral do Mundo Antigo.

-O que ele disse? -Perguntou Aninha.

-Deve ser um som animal! -Disse Seu Teodoro.

O bicho então olhou para este último, como se o entendesse, e comeu uma folha sem pressa; depois que engoliu, foi se afastando até sumir nas árvores mais altas.

Ali, no meio da mata, os moradores do sítio seguiram uma trilha que Seu Teodoro conhecia, ia dar na cidade. Entretanto, já escurecia, então fizeram acampamento.

À noite, no acampamento, surgiu uma pantera negra, mas não uma comum -Esta era grande, maior e com presas gigantes; então os fugitivos acordaram para enfrentar o perigo, mas a criatura que viram anteriormente surgiu e assustou a pantera.

Francisquinho sumira, enquanto os outros permaneceram unidos. Perceberam a falta e foram procurá-lo, mas não o encontraram. Ao amanhecer rumaram para a cidade.

Francisquinho escondera-se debaixo das raíses de uma árvore gigante, desconhecida pelo homem; havia nela uma caverna, que dava para um bosque totalmente desconhecido - Era o mundo dos anões em que ficara Alejandro. Assim que transpassou o portal, viu um cervo real dos anões: Sua estatura era baixíssima, parecia um filhote; foi então que um caçador ilegal dos anões atirou uma flecha fatal e correu para a sua presa -O caçador olhou em volta e mirou Francisquinho.

-Pare! -Disse o anão na linguagem geral do Mundo Antigo. Entretanto, o menino nada entendeu. O Anão o abordou e apontou uma faca para o menino, mas este correu; o anão correu atrás, mas o menino correu rumo à cidade do Reino do Fogo Claro.

Chegando lá, o menino foi capturado pela guarda real do rei anão, Grimal, e levado à presença de Grimal. Lá ele se comunicou por gestos e desenhos -Depois foi levado ao calabouço. Lá conheceu os guardas anões e foi aprendendo a linguagem geral do Mundo Antigo.

Enquanto isso, Alejandro caçava vampiros, sozinho, mas não matou poucos - Ele exterminou trinta vampiros numa só noite. Quando terminou, foi falar com o rei anão e este pediu para trazerem, à presença deles, Francisquinho. E foi feito. Francisquinho continuava sem entender a fala deles, mas foi deixado com Alejandro para ser seu aprendiz. Alejandro ensinou-o a matar vampiros e, com o tempo, Francisquinho foi aprendendo a língua geral do Mundo Antigo.

Passram-se anos e Francisquinho não sabia o destino da Terra -Então, certo dia, deixaram Alejandro partir, levando o menino consigo, que já tinha dezessete anos; voltaram para a Terra dos Homens, mais precisamente o reino de Hildebrando, chamado a Terra Original. Ali foram acolhidos e Alejandro retomou seu lugar com príncipe, enquanto Francisquinho ganhou o direito de guarda real do príncipe.

A disputa entre o reino de Hildebrando e os seres das trevas havia diminuído, pois os seres das trevas haviam sumido em grande número. Passaram-se seis anos e Francisquinho já tinha 23 anos de idade. Muito aprendeu com o povo da Terra Original, até que nasceu um anjo ali, filho de uma elfa com Alejandro: Ele tinha asas e era perfeitamente belo, curava-se de qualquer corte em segundos, não contraía doença nem ficava sujo. Quando completou treze anos, ainda parecia ter seis meses, mas comunicava-se por telepatia: Disse a Francisquinho, que tinha trinta e seis anos, que os seres das trevas invadiram a Terra, junto com a fantasia -Um caos lá havia.

Francisquinho, que agora era Francisco, conversou com o rei Hildebrando e foi acordado que uma equipe, incluindo o terráquio, deveria ser enviada à Terra. A forma como fariam isso: Hildebrando possuia a porta mágica, que era operada por sacerdotes, podendo levar a pessoa para qualquer lugar; o seu problema é que o ritual de passagem exigia o sangue de um dragão ainda fresco.

Foi feito e Fracisquinho voltou à Terra, com uma comitiva de dois monges, um elfo, um anão e Alejandro -Ou seja, seis integrantes.

Com trinta e seis anos, Francisco retornou à Terra pelo mesmo caminho pelo qual saíra: Agora não havia uma raíz de uma árvore de uma floresta gigante -Era uma base militar humana para fazer resistência contra os mortos vivos, os extra-terrestres, os vampiros e diversos seres da fantasia que lá agora havia.

O primeiro ser que encontraram foi uma fada: Eles atravessaram o portal da antiga raiz e depararam-se com uma fada -Um ser minúsculo, do tamanho de uma libélula, mas na forma de uma mulher hermafrodito. Na hora em que se encontraram, ela perguntou:

-Quem vem aí?

E Francisco respondeu:

-Sou Francisco e estes companheiros formam comigo uma comitiva para fazer frente aos seres das trevas que invadiram a Terra.

E a fada disse:

-E eu sou Mística, ou Fada Mística.

Essa fada era origináriamente um ser psíquico da realidade anímica humana, mas agora era uma criatura de magia, conseguindo trazer à realidade os sonhos mais profundos do ser humano.

A fada conversou com eles e ela disse que a realidade humana não era como antes, todos os seres da fantasia, as história haviam passado a existir.

Enquanto conversavam, um velho, que ali parto estava, disse uma palavra encantada: Vhrutz khurrg! E a fada tornou-se uma mulher de asas de libélula -Seu tamanho eraa de 1,87 metros, e era linda.

-Quem são vocês? -O mago indagou, embora já soubesse, pois lera o coração da fada -Isso porque era um druida.

Eles tentaram conversar, mas o mago parecia já saber de tudo, e disse:

-Grruhk Zturhv! -E a fada voltou à sua pequenês.

De repente, desceu do cume das árvores algo cujas asas eram grandes e majestosas: Era um anjo, que falou:

-Rhrrah caixe! Ou seja, fiquem em paz!

-Arrghrrc-ckhr! (o nome do anjo: Anjo do Céu) -Disse o mago, e os apresentou.

Então fizeram acampamento, pois o céu já se punha e o anjo começou:

-Rmhmh Vshrrghv ahrrh arrghrrc fvhuvh Ckhr! Ou seja, O Deus Supremo fez os anjos e o Céus.

Enquanto falava, o anjo ensinava a sua língua aos outros.

Quando o sol se punha, ainda estavam conversando -Então se lavaram, comeram e partiram. O anjo ficou sobrevoando os forasteiros até a argem da floresta, a fada os abandonou alguns metros adiante e o mago foi até a estrada, mas por lá ficou. Estavam se sentindo bem. Foi então que encontraram um carro, muito velho, que passava, dirigido por alguns bêbados e drogados: O motorista era um adolescente de dezessete anos, uma ninfa negra (normalmente as ninfas são a inspiração sagrada de poetas e filósofos -são chamadas negras quando foram atingidas pela natureza humana -a vulgarização sexual), um homem com cabeça de leão, um com cabeça de elefante e outro com cabeça de girafa. Estavam elouquecidos de droga e álcool. O carro pifou alguns metros antes de se cruzarem. Quando a expedição chegou próximo os passageiros e o motorista saíram do carro.

O homem-cabeça-de-leão perguntou:

-Quem são vocês e de onde vêm?

Francisco respondeu:

-Eu morei na antiga fazenda que abrigava a antiga floresta, que é essa que vocês vêem hoje.

-Há quanto tempo? -Perguntou o homem-cabeça-de-girafa.

-Há 24 anos.

O rapaz que dirigia o carro disse:

-Há 24 anos eu nem era vivo. Talvez tenha ocorrido que todos que você conhecia tenham morrido. Houve a Terceira Guerra Mundial em 2017, muitas bombas atômicas, terrorismo. Só sobraram alguns países.

Eles conversaram sobre os fatos ocorridos internacionalmente: Guerras Mundiais, com bonbas atômicas e armas biológicas, anarquismo, revoluções, terrorismo. No fim, a Terra tornou-se o desconhecido, uma terra onde tudo pode acontecer.

Nos vinte e quatro anos que Franscisquinho esteve fora, tudo se passou de repente, os mortos vivos foram aumentando e a sua família e amigos do sítio da D. Ana uniram-se às forças humanas de contenção dos fenômenos e, depois de tudo, pouco restou.

Francisco e os outros cinco itegrantes da comitiva foram liberados depois de interrogatório e métodos eficazes para fazê-los dizerem a verdade, inclusive passando por questões científicas, que naquela época já eram desenvolvidas e usuais -Assim, eles foram tidos como inocentes e foram liberados, conforme exigiam, pela fortaleza, pois estavam num forte (a mata do sítio virou um forte de resistência) para realizarem a grande missão deles: A espionagem contra os seres das trevas.

Logo após terem saído, passaram por um acampamento de santos e anjos, nele havia construções para a moradia dos monges e templos de adoração onde os anjos eram acolhidos. Lá eles viram um anjo. Este anjo ensinou a eles o caminho para outro anjo, que era mais sábio em cultura humana: Um anjo, com asas azuis, espada de ouro e, e olhos... Olhos assombrosos, como se transpassassem as pessoas para as quais olhassem -E um majestoso manto azul, uma coroa de espinhos, furos nas mãos... Ele exalava um aroma dos seres celestiais, que embriagava os homens; mas não havia contato entre ele e o chão, flutuava e suas asas ficavam imóveis... Ele mirava uma floresta, abaixo de uma pedra na qual estava em pé. Num salto, pôs-se a voar e sobrevoou a floresta, até encontrar com os olhos, ávidos à procura do acampamento de seus parentes élficos da Floresta Sombria, uma fogueira com alguns elfos em torno. Ele desceu sobre as chamas e estas o rodearam sem tocarem nele, como se suas vestes e carne repelissem o fogo.

Lá a comitiva explicou aos elfos a necessidade de falarem com um sábio e lá estava o anjo -Para o qual os elfos apontaram. O anjo explicou como tudo aconteceu.

"Antes de tudo começar, dizia o anjo, houve o despertar do organismo interior humano, e o ser humano, que desejava o Poder, com sua mesquinharia e arrogância, não reverenciou o nascimento de Deus, coletivo, mas humano -O que despertou sua ira, e Deus subiu aos céus, sem levar a imagem de suas criaturas para protegê-las e isso fez o Diabo tornar-se nocivo e houve um colapso no organismo interior humano e toda a cultura humana, mitos, crendices começou a existir."

-E tudo isso se tornou possível?

-Exato. -Disse o anjo.

"E continuou: Ramsés despertou e, com ele, os mortos vivos -Isso revelou a fúria de extra-terrestres que espreitavam a Terra há milênios, e as forças que separavam a natureza oculta do ser humano e a realidade foram solapadas e, assim, junto com a fantasia, tudo aquilo que era impossível passou a existir."

-E o resto vocês podem ver com os próprios olhos. -Disse o anjo.

-Qual o seu nome? -Perguntou o anjo a Francisco.

-Sou Francisco. -E, apontando para os companheiros, disse: -Este monge é Francis, e o outro é Boris; o elfo é Páris, o anão é Sólon e o homem é Alejandro, um príncipe de um reino antigo. E o seu?

O anjo disse: -Sou Hamiel. -Vocês são seis, mas não conhecem este mundo, se houver espaço para mais um, eu ficarei orgulhoso em guiá-los.

E foi assim que a comitiva tornou-se sete integrantes.

A comitiva seguiu o caminho da antiga casa do sítio para a cidade.

Antes, tudo era como ainda é o mundo que conhecemos, mas depois o mundo mudou: Os mortos vivos surgiram, os extra-terrestres também e a fantasia. O mundo, agora, tinha forças opostas à existência da civilização humana -Aliens, trols, orcs, vampiros, zumbis e robôs; entretanto havia muitos outros seres, tantos quantos se conheça na fantasia, e cada tipo de seres exercia uma forma diferente de poder sobre os homens. As máquinas escravizavam os homens para obter, através deles, máquinas mais sofisticadas, além de serem uma boa fonte de energia. Os zumbis devastavam as áreas de onde quer que fossem. Os vampiros caçavam e eram caçados. Os orcs matavam covardemente todos os povoados onde habitassem seres de luz. Os trols habitavam florestas, mas havia aqueles que serviam ao mal. Os aliens faziam experimentos humanos, desenvolvendo formas de abrir a existência na Terra para seres de outras naturezas e realidades.

Na época em que o sítio da D. Ana ainda funcionava, em janeiro de 2015, não se acreditava que ocorreria um Apocalipse tão cedo; havia um rapaz que previra tudo e ele teve lutas terríveis na natureza universal humana contra terroristas malignos da mente, mas os homens só aprendem pela imitação e, até ele terminar, eles não poderiam fazer nada, o que implicou na ocorrência do apocalipse de 25 de dezembro de 2015.

O anjo do Apocalipse havia começado o Juíso Final, mas havia muitos profetas enviados que lutavam para a vida na Terra; surgiram os quatro cavaleiros do Apocalipse e havia também guardiões que protegiam os homens; surgiram sete njos em sete igrejas; os demônios queriam um Apocalipse em nome de Deus, mas para o Diabo ficar com as almas dos pecadores; havia a disputa pelo portal entre Gabriel e o Diabo; foi então que um terrorista despertou Ramsés II com oobjetivo de despertar os mortos; finalmente, um cientista enlouqueceu, virando um assassino e, depois, vampiro.

O mundo havia mudado. Cada pessoa sofrera mudanças, algumas passaram a existir em formas diferentes, muitos adquiriram a forma de seus pecados, assim havia os Diabos, os anjos caídos, as borboletas espirituais, e toda a sorte de seres. Um ser muito importante era um anjo con asas negras, pois matava demônios e seres das trevas, caçava-os onde quer que eles fossem, e tinha companhia, pois muitos heróis o pediam para abençoar as suas armas para eles matarem quantos Diabos pudessem.

Havia ali, naquela época, uma velhinha motoqueira que andava por aí fazendo a justiça pelas próprias mãos e matando quantos mortos-vivos pudesse, mas não só, pois ainda havia muita discórdia entre os seres humanos e as fantasias do mal; assim era uma caçadora e protetora das pessoas que ainda viviam e necessitavam de ajuda.

Os sete integrantes da comitiva para saber a origem do mal na Terra enfrentaram muitos reinos de orcs e trols, vampiros e lobizomens, espectros e demônios, mas, em busca da grande resposta, foram parar num labirinto, que dava para um castelo (o castelo estava vazio), mas havia uma passagem secreta -quando a transpassaram, viram um tesouro de ouro, diamantes e tudo o que fosse precioso -porém, andando mais viram uma jóia ímpar: Estava na mão de uma estátua de ouro, tinha uma co azul e brilhava mais que todas as outras jóias. Eles a tiraram e, no momento em que o fizeram, todas as realidades (o reino de Hildebrando, a realidade do Conde Drácula, o reino dos anões e toda a fantasia e as outras realidades que houvesses uniram-se à Terra, que tornou-se plana, dividindo as suas fronteiras com todas essas terras.

Foi então que começou a haver uma conspiração e uma grande mudança estava ocorrendo, um mago maligno criou uma jóia semelhante àquela azul para dominar todas as terras -Foi então que houve um acidente, o Poder para fazer a jóia abriu todas as dimensões, resultando numa união de todas as realidades. Assim, uma grande guerra havia começado, os homens usaram dos recursos tecnológicos, os seres da fantasia, os mortos vivos, os demônios e afins usaram suas habilidades, tanto para disseinar, quanto para sbmeter. Muitas terras foram arrasadas pelos homens e muitos homens perceram ou foram escravizados. A guerra fez o mundo muda por completo e surgiu um novo mundo. Depois de mil anos, a Terra já não tinha sinal de existência.

Mil anos depois, então, houve uma Grande Guerra -Todos os seres das Trevas unidos contra os seres da Luz; entretanto não havia um desequilíbrio entre bem e mal, o que ocorreu foi que o humano deixou de imperar e a realidade se tornou fantástica. Não havia o medo de algo acontecer e acontecesse ou não, na verdade, tudo tinha uma causa e um por quê. A guerra tinha dois lados: Mortos vivos subjugados pelo Mago maligno anterior, e todos os seres das trevas em situação semelhante; e os anjos, seres de luz e humanos do outro.

Todos os seres das trevas foram dominados pelo Mal, o ser das trevas supremo, enquanto os seres de luz foram liderados pelo Amor, a força mais poderosa do bem; então começou a guerra aberta, feleiras e fileiras de seres repugnantes contra os encantadores seres da luz. Irrompeu-se a batalha, escudos foram partidos, espadas sangraram, flechas zuniram no ar; muitos ali morreram, mas, quando o amor enviava seus seres mais fortes, os anjos, o Mal usou o Poder do Coração dos Homens e fechou a realidade de então para o Amor, que voltou ao Céu; os anjos tornaram-se parte de um mundo mortal, qual elfos de uma linhagem mais pura, mas o Mal subestimava a existência de Deus, a falta do Amor tornou todos os seres das trevas tão mortais quanto os homens, mas nem todo homem é fácil de matar, mas a ciência das batalhas tornou-se material, e houve um equilíbrio. No meio da batalha, o mal dizimou muitos, com um golpe, matava trinta, era um gigante, mas os anjos uniram-se e voaram até a cabeça do gigante e derrubaram-no. Os seres das trevas foram expulsos para baixo, o Mal foi morto, apodrecendo tudo que o tocasse, e os seres de luz tiveram paz por muitos anos.

Ulisses de Maio
Enviado por Ulisses de Maio em 14/09/2015
Reeditado em 11/06/2016
Código do texto: T5382008
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