O Diário de Uma Poetisa Corrompida - Parte I : Capítulo 2

- Domingo, 27/04/08

Eu não vi você hoje. Isso é um problema pra mim? Eu não sei... Eu sei que eu resgato meus resíduos todo dia e eu procuro por seus traços duas vezes por respiração. Eu resigno sua tirania toda noite, mas você insiste em dominar meu sonho e isto é um duplo problema pra mim, é uma durável dor pra mim. Seus enganos são tão verdadeiros e seus jugamentos tão infantis... Mas eu acredito em você, e este é o meu maior apelo porque eu nunca acreditei em estranhos, mas eu acredito em você. Você me castiga como um genuíno gênio do mal e eu sou uma merda porque você é uma merda e eu não te ignoro, eu me importo com você e é bizarro como você me diz "Está tudo bem" porque você improvisa isso pra mim todo tempo e não está tudo bem... E você sabe disso. É fantástico como você blefa pra mim e segue em frente a rua, como se isto fosse a coisa mais simples do mundo... Mas só se for do seu mundo, porque eu não sou utopista mas você é o fim de meu transtorno. Nosso tumulto de amor é sem preconceitos, é despretensioso, é inédito e inquestionável. Nosso tumulto de amor é inevitável, é inútil, é impune, incompetente, desprevinido, desamparado e impraticável. Você é diferente e isto não é bom pra mim, mas uma coisa é o que eu quero e outra é o que você é. Não seja idiota, isso eu sou por nós. Você é meu refúgio e minha rebelião e eu sou o rato que acredita em você. Você é o real e o sonho e eu sou a porr# que te protege. Você é o contrabandista que despreza o lixo que sou, mas eu sou alérgica ao incerto e me aflinge este maldito diário que é o maior idiotice de todas que eu fiz, e justo porque é sobre esta morte romântica.

Emanuele Valente
Enviado por Emanuele Valente em 04/05/2008
Código do texto: T974655
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