A Primeira Canção

Pra te encontrar

não acendi nenhuma vela.

Pra te olhar

meu violão não fez seresta.

E na fresta da minha vida

tão despreocupada e louca

chegou você... com essa boca

e com tudo o que eu jurei

que nunca mais queria

para os meus dias.

Ah eu estava tão certo

de que as coisas do coração

estavam no passado,

mas entre a primeira canção

e a última dança, te vi,

assim criança,

a entrar no meu “intocado”

e fazer com que os dias

fossem festa em mim.

Ah o que fazer

Com a distância e o tempo?

Com a implicância do tempo?

Com insistência de que você

agora mora em mim,

sem ao menos saber?

Não vai doer, não vai fazer mal...

Eu já vivi sem ter um final.

Mas enquanto ainda em mim

viver poesia, vou esperar você...