Pobres rubis .

Uma canção que escrevi em agosto de 2013, em "C" = Dó Maior, e que não gravei ainda, mas que está pronta há tempo.

Há uma crítica social nesta letra, fala da hipocrisia reinante, dos falsos valores do cotidiano, do produto pronto para consumo e o desprezo e a incompreensão à arte, ainda marginalizada.

Dos tantos valores que se perdem no anonimato, dos não comerciais, os anti produtos, os músicos de rua, os poetas chamados de loucos, os marginalizados apenas porque sabem pensar.

Luz que invade o quarto, pela janela

Traz um rio de cores que me envenena

Sonhos e tolices que me dão pena

De ruas tão descalças , de tristes cenas.

Que cidades de pobres rubis

Lentes sujas que estão sem polir

São as vozes de tolos poetas

Que recitam seus sonhos febris

Das sacadas ouvindo o esplendor

Das mais lindas cantigas de amor

Vão tocando no fundo da alma

Nos acordes de rimas e de dor

Luz que invade o quarto pela janela

Traz um rio de cores, que me envenena...

Que cidades de pobres rubis

Lentes sujas que estão sem polir

Neste pátio tocaram a alma

E de rubro tingiram os rubis.

Aragón Guerrero
Enviado por Aragón Guerrero em 30/10/2018
Reeditado em 30/10/2018
Código do texto: T6489867
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