Névoa das manhãs

Não diga isso outra vez,

eu nunca quis dizer adeus.

Ficou um gosto de saudade

nesse beijo que te roubei.

faça de conta que esqueci

algum pertence no teu quarto

um daqueles ventos vadios

Me trará de volta outro dia.

Quantos desencontros aqui

e na poeira das estradas.

apenas alguns poucos motivos

pra voltar mais uma vez.

Peça algo pra nós dois

e bebe o licor desse beijo,

e me faça vagar em delírios

com um tiro certeiro no olhar.

Quando eu acordar amanhã

quero sorrir-te inebriado

na névoa sutil das manhãs,

eternas, quando em teus braços!