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Uma delícia de Vinho !

         Uma bebida que agrada a romanos, gregos, troianos e até a nós que somos tupiniquins, e foi descoberta, acredita-se há mais de oito mil anos, considerada como uma das grandes invenções da humanidade.
Dizem que os gregos misturavam tudo ao vinho, desde água do mar até mel e uma infinidade de ervas.
          Temos como grande centro de cultura e difusão do vinho, a região do Mediterrâneo. Consta que os egípcios usavam a bebida 3 mil anos antes de Cristo. Aliás, o primeiro milagre de Jesus, foi exatamente, transformar a água das bilhas da purificação, no melhor dos vinhos, numa festa de casamento em Caná da Galiléia, por solicitação de sua mãe, Maria, que ficou penalizada com a falta de vinho, causa de aborrecimento e vergonha para o noivo. E, na véspera de sua paixão, Jesus quis cear com seus amigos, numa ceia pascal, comum entre os judeus, e , dentro dos rituais da festa, elevou o cálice em suas mãos e depois de agradecer a Deus por ele, passou-o de mão em mão aos seus discípulos, dizendo que aquele era o seu sangue. Que deviam fazer memória dele, através daquele sinal. Hoje, nós católicos, fazemos esse memorial em cada celebração eucarística.
          Os romanos, que não poderiam ficar fora dessa festa, levavam a difusão da cultura da uva para todos os lugares que conquistavam.
A partir do século XVII, as garrafas de vidro, que tinham a função de serviço, passaram a ser utilizadas para conservação.
          Em meados do século XIX, Louis Pasteur, aquele mesmo que descobriu a penicilina, conseguiu explicar o processo da fermentação, através da levedura sobre o açúcar da uva, tranformando em álcool e gás carbônico. Em outras palavras, o bom suquinho de uva, após um tempo de fermentação, passa a ser bebida alcóolica, denominada vinho.
          No século XVI, Brás Cubas, trouxe para São Vicente – SP, as primeiras mudas de parreiras e já no século XX, os imigrantes italianos formaram a principal região vinícola do Brasil, na Serra Gaúcha. Eu, pessoalmente, penso que nossos vinhos não deixam nada a desejar aos estrangeiros, infinitamente mais caros. Se alguém me vir comprando um vinho importado, podem internar...
          O vinho, é recomendado como uso medicinal, em doses pequenas, pois assimila nutrientes, em especial das proteínas.
          Homero  também cita o vinho como bebida consumida, nos poemas A Ilíada e A Odisséia, e o vinho  inspirou também, a criação de deuses como Baco e Dionísio.
          Eu não sou enófila, mas aprecio, com certa moderação aos vinhos suaves, em especial aos produzidos por colonos aqui mesmo da minha região. Temos vinhos camponeses deliciosos, na cidade de Colombo, pertencente à região metropolitana de Curitiba, e em Santa Felicidade, bairro tradicional de origem italiana, temos no mínimo três vinícolas muito respeitadas.
          Gosto muito dos vinhos brancos, suaves e finos. Aliás, consta que Tutancâmon já gostava de vinho branco . Esse povo que não tem muito o que fazer – uns cientistas de Barcelona, descobriram através de digitais químicas, resíduos de ácido tartárico, característico das uvas, em ânforas, na tumba do faraó e pouco ácido siríngico, que só é encontrado nas uvas vermelhas, o que os fez acreditar que quase todo o vinho era branco. Tutancâmon sabia das coisas !
          Ao visitar a Serra Gaúcha, fui apresentada a dois vinhos, brancos, pelos quais que fiquei totalmente apaixonada.

          São eles o Gewürztraminer e o Chardonnay
          
          Sobre o Gewürztraminer :
 De um aroma inconfundível, o Gewürztraminer possui uma mistura de especiarias e pétalas de rosas. As uvas, originárias da região da Alsácia, na França, foram se adaptando perfeitamente ao solo e ao clima da região da Serra Gaúcha. Sua graduação alcoólica é de 12,0º GL e harmoniza-se bem com trutas, massas com frutos do mar, peixes de água doce e salgada, pratos ao curry, patê de foie gras, pratos chineses e queijo Roquefort. A temperatura de serviço é de 6 a 8º C. 
 "Não se sabe ao certo o local de origem da Gewürztraminer, sendo que referências a indicam como uma das variações somáticas da Traminer Blanc, provavelmente originária do Tirol italiano. Foi levada para a Alemanha no século XVI, onde teria sido denominada ‘Traminer Rother’ ‘Traminer Rosa’. Foi introduzida no Rio Grande do Sul pela Estação Experimental de Bento Gonçalves, em 1948, procedente da França, sendo difundida comercialmente no Estado somente a partir da década de 1970. É de difícil cultivo por causa da alta susceptibilidade ao declínio e morte de plantas e à podridão cinzenta da uva, além de apresentar baixa produtividade, o que determinou a redução da área plantada no Rio Grande do Sul. A Gewürztraminer pode ser utilizada tanto na elaboração de vinho como de espumante de alta qualidade, caracterizados pela fineza e intensidade de seu aroma e sabor, que são reconhecidos internacionalmente.”

Sobre o Chardonnay:
 “Vinho branco, fino, seco, elaborado com uvas Chardonnay. De agradável frescor, aroma vinoso e paladar característico da variedade. 
De origem francesa, possivelmente da Borgonha, a ‘Chardonnay’ foi introduzida em São Roque, no Estado de São Paulo em 1930 e no Rio Grande do Sul, em Bento Gonçalves, em 1948. Até a década de 1970 não houve difusão comercial desses materiais, que permaneceram nas dependências das estações experimentais. A partir deste período, por interesse do setor vitivinícola, esta casta foi trazida de procedências diversas e difundida na Serra Gaúcha. De brotação precoce, sujeita a prejuízos causados por geadas tardias. Adapta-se bem às condições da Serra Gaúcha. 
A uva Chardonnay é conhecida como a "Rainha das Uvas Brancas" por proporcionar vinhos complexos, ricos e bem estruturados. Além disso, é bastante versátil, adaptando-se muito bem às várias regiões produtoras do mundo todo.
 Sua origem era obscura. Por muito tempo julgou-se ser uma mutação da Pinot Noir, chegando a ser chamada de Pinot Chardonnay. Outros acreditavam que fora trazida do Oriente pelos cruzados. 
É um vinho jovem, de excelente combinação do carvalho com a fruta. Notas de coco, champingnon, mel, chocolate branco, baunilha e pêra. Na boca expressa bom volume, acidez equilibrada e retrogosto agradável. Pode acompanhar massas medianamente temperadas, risotos, peixes grelhados, pizza, porco e queijos em geral. Combina também com pratos mais fortes, como moqueca capixaba, vatapá, massa à romanesca, bacalhoada, pratos da cozinha mexicana e japonesa."

FONTES CONSULTADAS:
http://www.sbav-sp.com.br
www.cordilheiradesantana.com.br
Livro "História do Vinho"
http://basilico.uol.com.br
http://www.dongiovanni.com.br
www.cordilheiradesantana.com.br
Bíblia Sagrada

Lili Maia
Enviado por Lili Maia em 24/02/2006
Reeditado em 05/05/2010
Código do texto: T115842
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