Aprendi a reflorescer!...
Sempre foi presente em mim as dificuldades que temos de enfrentar, para se chegar aos objetivos traçados, até mesmo por uma educação recebida de meus pais, com carinho, mas dentro da realidade.
Com eles, aprendi que na vida nada vem de graça, que tudo é o resultado de uma luta constante, de um querer, desejar e buscar conseguir...
Quando me sentei, pela primeira vez, em frente ao computador, minhas mãos tremiam, meu coração batia tão forte que, por um momento, pensei que sairia pela boca!...
Sentia-me como se os “olhos do mundo” estivessem todos voltados para mim... À época, eu não tinha muitas escolhas, precisava de um caminho por onde seguir e foi trazendo para o mundo virtual o que eu escrevia, desde a infância, que encontrei valores para continuar buscando a paz, de que eu precisava para viver, para me sentir como parte ativa da sociedade.
Nunca fui muito de afazeres domésticos, ou de ficar sem fazer nada em frente a uma televisão; sempre gostei de questionar, debater, realizar; e foi aqui que encontrei o que considero ser meu verdadeiro espaço, onde posso expressar o que sinto; só que, há momentos em que paro e penso: será que estou certa, que faço parte desse todo literário; será que não são enganos da minha grande vontade de me expressar?...
Enfim, para mim, são sentimentos válidos, pois me fazem levam a procurar exercitar-me, ter mais cuidado com o que escrevo, mandando com o vento para os quatro cantos do mundo; me fazem sentir responsável pelo que transmito e, mesmo que seja em uma linguagem simples, numa forma livre de escrever, eles vão chegar a alguém e esse alguém merece todo o meu respeito...
Neste jardim, que é a vida, muitos já tentaram arrancar minhas raízes, de graça, pois jamais desejei um lugar que não fosse o meu e entendo que haja espaço para todos...
Na literatura, mais especificamente na poesia, quem pode apontar o certo ou o errado, desde que se procure escrever dentro das regras ortográficas, cuidando dos assuntos abordados, para que não firam a outrem, ou aos bons costumes e sabemos que público haverá para todos, para os mais variados assuntos; então, porque teria eu que me desviar do caminho que escolhi e que amo?
Quem não gosta do que escrevo, ou da maneira como sou, sempre quietinha no meu canto e enquanto em contato com as pessoas, sempre carinhosa e gentil, sou assim, é só deletar o que envio, se for através das comunidades e, se em PVT, tão mais honesto pedir, sem agredir, que eu retire seu endereço dos meus contatos...
Infelizmente, o egoísmo, as vaidades humanas se manifestam sem limites e sempre haverá aquele que se acha melhor do que o outro, ou que tem o direito de magoar, ferir e tudo estará bem!...
Também, não é assim!... Na vida tudo é uma questão de tempo, o retorno sobre nossos atos é certo e das vaidades mais triste ainda, pois um dia “a casa poderá cair” e todos poderão olhar o seu interior e lá ter menos que nada, ser feio e sem atrativo, ou pior, ser um lugar vazio ou repleto de maldades que, no final, não acrescentou nada à humanidade...
Enfim, por mim e pelos que, como eu, escrevem com amor_ e amam o que fazem_ tenham presentes em si que o importante é aprimorar e continuar sempre buscando crescer, contribuir para um mundo, onde o amor, o respeito, fazer e fazer com dedicação e amor, são prioridades para estar no lugar que de direito é seu...
Tanto já vivi e tanto, ainda, tenho por viver que aprendi com as quedas a me reerguer, a reflorescer...
 
Carmen Ortiz Cristal
Belo Horizonte – MG / Brasil

 
CCristal
Enviado por CCristal em 06/10/2011
Reeditado em 06/10/2011
Código do texto: T3262096
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