Sob o som da Ave Maria de Caccini, lindamente executado  ao trompete por Alexandre Kulisch, um músico excepcional, vou dedilhando palavras sem receio, pois não tenho a obrigação de soar a música, o que na verdade amo fazer, mas algo me impede momentaneamente , por estar em tratamento de saúde justamente na audição, prejudicada por longos anos em meio a sons fortes, sem os devidos cuidados.
Assim prossigo, devagar, contando as minhas horas. Estou um tanto afastada daqui, sem a assinatura Premium ainda, que gosto, porque trabalho a formatação em letras e cores, não renovei por pura preguiça e certo desalento. Não é fácil a quem ama a Música, ficar de repouso justamente por causa dela. Todo som que posso ter contato então tem que ser bem suave, de acordo com o médico. Mais do que nunca, ouço então os sons da natureza que me cerca, do vento e brisa que chegam do campo e me fazem companhia diuturnamente. Estive também prestando apoio a familiares que disso necessitavam e fiquei com muita saudade de todos, aos poucos, retribuirei as visitas. Estive apenas um pouquinho mais no Facebook porque ali as mensagens instantaneas de família e amigos me ajudaram. Mas voltarei em breve ao meu normal, mesmo desafinadinha ,sem pejo, pois nada é perfeito. Não há necessidade deste texto, talvez, mas uso as palavras para desabafar, pois creio que muitas pessoas já tiveram situações iguais ou pelo menos parecidas. Como é bom poder"falar"aqui! Saber que, mesmo que poucos "ouçam", são humanos passíveis de problemas também. A palavra tem força, a música tem força e nela, aqui em fundo musical, enquanto escrevo, mesclo a alma com ela, aliviando-a, ouvindo baixinho o trompete afinadíssimo na linda Ave Maria.
Deixo o link para que também a ouçam e aplaudam se possível.
http://youtu.be/hmFBnf2wZm8

22/05/12
Marilda Lavienrose
Enviado por Marilda Lavienrose em 22/05/2012
Reeditado em 04/08/2013
Código do texto: T3682022
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