NA FEIRA DE CARUARU
 

 
A ''festa'' de aniversário que faço em mim este ano me leva a um estado interessante... O ''estado gestacional de uma nova condição do tempo'', onde as boas lembranças do passado se confundem com o presente e o futuro é agora.
 
Tenho que aproveitar cada minutinho, para explorar esse novo mundo tão visível e fascinante para mim, quanto um bebê recém-nascido, ou uma rosa recém desabrochada. Não posso tocar e nem quero. - Não preciso! Basta olhá-lo e senti-lo em toda sua plenitude.  E é nessa nova condição que me vejo na ''Feira de Caruaru''.
 
O perfume das flores, dos frutos, das hortaliças se mistura e paira no ar, como um convite pra gente ir adiante. - Eu vou!  Aqui e acolá um conhecido, um colega de escola, um vizinho... Falo com todo mundo com muita alegria, lhes dirigindo o meu melhor sorriso, até para quem não conheço.
 
- E lá vou eu, contente da vida, respirando o ar da manhã de sábado, véspera do meu aniversário, me deliciando com as ''provas'' das frutas, até chegar à rua dos bolos, doces, alfenins e ali faço a festa. - É tudo de graça e eu me esbaldo! ( Só paga quem quiser levar pra casa)
 
De repente uma surpresa: a Banda de Pífanos começa a tocar, na feira de artesanato, pertinho de onde estou...
 
Esqueço as guloseimas e vou, mais que depressa,  cantar e dançar com a Banda.
 
Sou conhecida  e o pessoal gosta quando apareço. Tudo fica mais animado, claro!
 
Mas, contudo, todavia... Adiante vejo uma ''amiga'' sair correndo...

Foi lá em casa contar o que anda acontecendo na feira, bem em frente à Igreja da Conceição! – Concluo de imediato.

 
- Que coisa!!!
 
O pensamento alerta: Ysoldinha aproveita antes que o show acabe procê!  Agradeço a atenção dele – do meu pensamento – e me ponho a cantar mais alto e a dançar puxando pra dança todos ao meu redor.
 
 A música que cantamos? Ah, coisa mais bonita! O título é ‘’ Caruara Caruru’’ de Lídio Cavalcanti e Sebastião Biano que diz assim: ‘’Foi Cururu, foi Caruara/  Foi Caruru, hoje é Caruaru // Em Cururu nasceu uma planta rara / Tinha veneno, o gado comeu, morreu / Crescia um palmo e se chamava Caruara / De Caruara foi que Caruaru nasceu // O fundador José Rodrigues de Jesus / Que era o dono da fazenda Caruru / Mandou fazer um igrejinha e uma cruz / Pra Conceição abençoar Caruaru // Foi Cururu, foi Caruara, foi Caruru, hoje é Caruaru // Com mais de um século/ Desse fato acontecido / Caruaru hoje é o colosso do Nordeste /Foi batizada com o nome merecido / É conhecida como a capital do Agreste // A catedral é a mais bela do Estado / tem no seu monte o bom Jesus e Pai Divino / O seu conceito cultural é respeitado / É o berço dos Condés e Vitalinos// Foi Cururu, foi Caruara, foi Caruru, hoje é Caruaru // Terra da arte, da cerâmica e do couro / Do bacamarte, do pife e da tradição / Tem literatos que as penas valem ouro / Orgulho e glória da letra e da nação // Amigos meus, por favor, digam lá fora / Que a nossa terra tem o solo abençoado / Com a proteção de Deus e Nossa Senhora / Caruaru vai muito bem, obrigado. ‘’
 
Pois é!  Isso aconteceu tantas vezes que nem sei quantas... Agora aconteceu novamente. 
 
- Vou à praia...

O dia está lindo e aqui não tem feira! Tem supermercado.

- Coisa mais sem graça! E tudo pelo ''olho da cara''.
 

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A festa continua e se espalha pelo Recanto.

Veja Escrivaninhas de :




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Julia Teles
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Jacó Filho

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Edna Lopes

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