ANIVERSÁRIO RECANTISTA

Faz neste sete de Março, dois anos que entrei no Recanto das Letras e posso garantir que este pormenor foi da maior importância para o meu crescimento como autor.

Começando desde logo pelo facto de eu – à data – estar a dar os primeiros passos na internet, admitindo mesmo que os meus conhecimentos neste campo continuam a ser relativamente modestos.

De qualquer modo, o importante para mim é que evolui bastante no campo literário, que é verdadeiramente o que me importa... Tomei contacto com o acróstico, o poetrix, o haicai, o rondel, etc., e também venho convivendo com pessoas que partilham a mesma paixão pelas palavras.

Já fui convidado diversas vezes para escrever em outros sites, mas existem duas razões fortes para não o fazer: Primeiro, não possuo tempo, nem paciência para me desdobrar por vários locais; e depois, porque me sinto bem por aqui, onde sempre fui bem tratado e as pessoas gostam do que escrevo, e eu faço o possível por ir melhorando.

Esta paixão pelas palavras foi mais incendiada a partir de 2003, apesar de eu desde sempre escrever, embora antes com menor intensidade. Os livros fazem há muito, parte da minha vida e o mais curioso é que as duas categorias pelas quais em último me interessei são aquelas com que hoje mais me identifico: O Fantástico e a Poesia, categorias aparentemente díspares e incompatíveis, mas que tenho em mente conciliar em trabalhos futuros. (Existem na minha página alguns exemplos, como é o caso dos poemas: Eu vi o assassino, O dia em que o corvo morreu, O pintor das estrelas, Há vida no boneco de neve, O pintor das estrelas, Quem és tu?, Anjo protector, etc.).

Embora seja um autor autodidacta – logo com algumas lacunas importantes – procuro ultrapassar o problema fazendo recurso do meu poder criativo e da minha imaginação vertiginosa. De qualquer forma os meus sonetos, cumprem a forma clássica e, todas as outras categorias que possuem regras, eu faço por cumprir.

Talvez seja na Prosa poética que eu me liberto mais e vá apresentando alguns textos que me fascinam (espero que a vós também) e por exemplo o meu texto mais lido e ouvido (está em áudio) é o Poema do ódio, mas existem outros em que penso ter passado uma mensagem de grande intensidade, como: A noite está estrelada, Se hoje fosse o dia da verdade, Vem viver os diálogos do silêncio, Cento e vinte minutos de poesia, etc.

Mesmo quando não era leitor assíduo de poesia, tinha muita simpatia pelos trabalhos de autores portugueses como Camões, Bocage e Florbela Espanca; só mais tarde entraram no meu raio de acção – digamos assim – António Nobre, Eugénio de Andrade, António Gedeão, Antero de Quental, Mário de Sá Carneiro, Fernando Pessoa, em simultâneo com alguns autores de outros países.

Curiosamente eu era fã de Pessoa mesmo sem o saber, pois já escrevia textos vestindo a pele de outras personagens, quando descobri os heterónimos do autor e muito em particular Caeiro, talvez por eu - tal como ele - também viver e apreciar a vida ao ar livre.

Penso que alguns daqueles que lêem os meus textos já se terão questionado algumas vezes, pois existem diferenças tais de uns para outros, que pode dar a impressão que foram escritos por pessoas distintas... Pois bem, a explicação é esta: Também eu escrevo com pseudónimos e heterónimos.

Assim para recolocar tudo no seu devido lugar, passarei a assinar parte dos textos humorísticos, com um outro pseudónimo: Adolfo Dias. A escolha deste nome não é inocente e é apropriada para temas erótico-satíricos.

Também por este motivo, estou reformulando o meu texto do perfil.

Com o tempo é possível que surja a oportunidade de apresentar outras personagens.

Muito obrigado a todos os que fazem o favor de ler as minhas palavras.

07/03/2008, Abílio Henriques!!!