Pensamento sobre o divino e uma concepção filosófica

A relação fundamental entre matéria e Espírito está evidente na estrutura das religiões humanas, que não se excluem e não se opõem de forma antagônica totalmente, mas se complementam e permitem que a solução do problema da derivação da sua integral seja resolvida com a revelação de um conhecimento integrado em relação a toda a cultura humana, mostrando que o homem fraciona partes de uma ciência que ele próprio chama de Deus; ou seja, Deus produz partes de sua ciência em diferentes pessoas e grupos de pessoas, formando um agregado de conhecimentos de origem semelhante: o divino; por isso o homem relaciona-se com o Espírito por meio de uma estrutura que é inteligentemente controlada por Deus.

O infinito não pode ser concebido somente por números que nós criamos para as relações econômicas, mas também deve ser concebido por números que nós precisamos criar para as questões místico-religiosas, pois a relação entre economia e religião está na própria natureza da matéria, que é singularmente entendida como produto, de um lado para troca e do outro resultante da vontade de Deus, ambos com valor atrativo; porém o homem não é todo feito de matéria e a carne possui quintessências, mas o produto econômico-material é de natureza promíscua e profana e o sentimento impuro de que é sagrado deve ser condenado pelo Espírito. Então, o número infinito religioso é representado por Deus e o econômico por números muito grandes; fazendo uma comparação verificamos que há uma similaridade entre a grandeza e Deus, pois ambos são elevados, porém, se filosoficamente considerarmos que números muito grandes não são máximos, poderemos pensar que Deus não é máximo, mas um limite para a evolução.

A efemeridade do homem mostra que Deus não quis fazer um anjo na matéria, pois a matéria é mantida como reguladora dos seus fatos pelos seus processos e revoluções que ocorrem com ela, porém o homem não se dissocia totalmente dos anjos, pois estes seguem uma linhagem divina que descende de Deus e os homens foram feitos à sua imagem e semelhança, por isso, para chegar a Deus, o homem deve passar pela fase angelical.

O ser humano não descende de macacos, pois estes não poderiam originar Espíritos, mas têm um parentesco com os primatas que vêm da relação entre um antepassado dos símios e humanos e um Espírito que desceu à Terra e fecundou uma fêmea desses antepassados comuns; por isso o homem é um Espírito com natureza animal e o futuro do homem é desprender-se da carcaça animal e revelar-se anjo ao ascender como Espírito, que é a única forma de se humanizar totalmente - o que mostra a natureza divina humana.

Assim, a forma de o homem evoluir é concentrar-se no bem e amar todas as coisas como se fossem sagradas e jamais deixar o bem fracassar em seu interior, primando e zelando pelas coisas boas; porém somente seguindo a fé com esperança e amor chegar-s-á próximo do Pai Celestial.

Ulisses de Maio
Enviado por Ulisses de Maio em 07/08/2013
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