A ORAÇÃO NA CASA DA IRMÃ MARIA

De conformidade com o livro de Atos dos Apóstolos, a igreja nos seus primeiros dias enfrentou grandes perseguições. Foi tão forte essa perseguição, que todos os cristãos, com exceção dos apóstolos foram expulsos de Jerusalém. (At. 8: 1). Porém, a obra do evangelho tomou outra dimensão; porque os que foram dispersos iam por toda parte pregando a palavra. (At. 8: 4).

Convém ressaltar, que não obstante permanecerem em Jerusalém, os apóstolos, não estavam isentos de perseguição.

Chegaram ao ponto de ordenarem que absolutamente não falassem, nem ensinassem em nome de Jesus. Mas Pedro e João lhes responderam: julgai se é justo diante de Deus ouvir-vos antes a vós outros do que a Deus; pois não podemos deixar de falar das coisas que vimos e ouvimos. (At. 4: 18-20).

É, mas no obstante a intrepidez de Pedro, perante as multidões, prevaleceu a força do povo e ação dos magistrados junto ao dominador da província – Herodes, que prendeu alguns da igreja para maltratar, fazendo passar ao fio da espada a Tiago, irmão de João. E, vendo que isso agradara aos judeus, mandando prender também a Pedro. Colocando em segurança máxima.

A intensão de Herodes era levar Pedro após a páscoa, para apresentar ao povo. Logicamente, o povo, queria a execução de Pedro. Porém, a igreja estava reunida na casa da irmã Maria, orando, evidentemente, pela liberdade de Pedro.

A oração dos irmãos foi ouvida e Deus respondeu instantaneamente, livrando Pedro da prisão, não obstante a segurança máxima que ele se encontrava.

O que nos deixa curioso nessa história, é o comportamento dos irmãos que oravam na casa da irmã Maria pela liberdade de Pedro. Quando Pedro sentiu-se livre daquela prisão, foi à casa da irmã Maria, onde os irmãos estavam orando; ao bater na porta saiu uma mocinha que ao ouvir a voz de Pedro, sequer abriu a porta, mas foi logo correndo para dá aos irmãos as boas novas da liberdade de Pedro, só que ninguém acreditou que era Pedro quem estava à porta, até disseram para a mocinha, que não era Pedro, quem estava lá, mas seu anjo. (no conceito popular Judaico havia um anjo guardião de cada individuo), “por isso disseram: é o seu anjo”. (At. 12: 1 – 19).

Existem casos semelhantes em nossos dias. Oramos a Deus por uma causa e quando a oração é respondida nos surpreendemos.

Lembro-me que, em certa ocasião, um renomado pastor, pregava no templo central das Assembleias de Deus de Imperatriz. Durante sua pregação, ele percebia o fervor dos irmãos que lotavam o templo. Ele achou por bem contar para a Igreja um fato que havia acontecido num congresso de uma igreja, onde ele era o pregador oficial. Naquele congresso, dizia ele: “Deus fez milagres extraordinários, salvou muitas almas, batizou muitos irmãos e curou muitos enfermos”.

Na conclusão da festa, quando ele fazia a pregação final, veio uma irmã ao púlpito, trazendo uma mulher enferma, (se não me foge à memora, era uma sega); e pediu que ele orasse por ela, para Jesus curá-la. Ele ficou um pouco preocupado, porque orar por uma pessoa sega e não ser curada, digamos, seria uma grande decepção para ele, ainda mais que aquela mulher estava no púlpito onde todos os presentes estavam lhe olhando. Mas ele pediu a irmã que trouxe a sega, que ficasse ali ao seu lado. Ele, por sua vez, virou as costas para aquelas mulheres e começou a orar. De repente, aquela irmã que trouxe a sega, correu até onde ele e disse: Pastor, a irmão está vendo! Ele disse: eu não acredito!

Meu genro nos contou que, certo pastor foi convidado para orar por um moço que havia sido esfaqueado. Quando ele chegou que viu o estado de saúde daquele cidadão, disse consigo mesmo, “esse não tem mais jeito”; mas orou pelo cidadão, sabendo que ele morreria em pouco tempo.

Alguns dias depois, esse pastor foi pregar em um determinado lugar; para surpresa sua, lá vem alguém com aquele cidadão (que fora esfaqueado, estando em perfeito estado de saúde), dizendo: “Pastor, o senhor está lembrado desse cidadão?” Ele respondeu que não. Então disse o irmão: “é aquele que o senhor orou por ele quando estava esfaqueado; olha aí pastor, Jesus ouviu a sua oração”. Ah! Mas ele ficou muito decepcionado por não acreditar na sua própria oração!

Existe um pastor renomado pastor, internacionalmente conhecido, eu conhece muito bem. Como eu admiro muito esse pastor! Já li alguns livros de sua autoria e não me canso de ouvir seus sermões e pregações. Dizem que quando ele estava no auge de seu ministério, convidava os enfermos para orar por eles e dizia: “vou orar por você para Jesus curar-lhes. Venham, se vocês não tiverem fé, eu tenho”.

Luís Gonçalves
Enviado por Luís Gonçalves em 19/12/2021
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