UMA VOZ NO DESERTO

O momento que nos diz que estamos num deserto é quando os “por quês?” se tornam o foco da nossa mente e não chega nenhum “Porque...” aos nossos ouvidos.

A solidão do deserto é asfixiante. Aparentemente ninguém ouve o clamor e os gemidos da alma. O silêncio é a resposta do seu pedido de socorro.

O calor das aflições sufoca. Os conflitos? Como uma tempestade de areia deixa o horizonte turvo. Cega, a alma tateia a ermo.

A sede de Deus é insustentável e o silêncio do céu é aterrador.

Ainda mais, o frio da noite é cortante, e a mensagem das trevas é uma gélida insinuação: "Você não vai conseguir!"

Espere minh’alma! Nem tudo está perdido. Há Alguém que se preocupa!

Ele está ao seu lado... mesmo no deserto...

Consegues ouvir a Sua voz? Não!!!

Com mais atenção, minh’alma, ouça!

O deserto está em silêncio, o conflito e a agitação estão em ti.

Pare,agora! Consegues ouvir voz de quem nunca te deixou e nem te deamparou?

“Os aflitos e necessitados buscam águas, e não as há, e a sua língua se seca de sede; mas eu, o Senhor, os ouvirei, eu, o Deus de Israel os não desampararei. Abrirei rios em lugares altos e fontes, no meio dos vales; tornarei o deserto em tanques de águas e a terra seca em mananciais” (Is. 41: 17,18).

Reconheces minh’alma, a voz do Pai de Amor, ainda que... num deserto.