O POETA É UM ALQUIMISTA

O poeta senta

E contempla

O olhar tudo abarca

Dali do banco da praça

Ele não é normal

Nunca foi, nem pretende ser

O seu mundo é surreal

Lê o mundo para o descrever

Poeta é transcendente

Está sempre à frente

Poeta, às vezes, não é gente

Parece um tanto intransigente

Ele vibra com a beleza

Dos versos, da música, da natureza

Versos escritos com delicadeza

Mas são feitos também de rudeza

Pobre mortal que sonha

É rico em teor poético

Ele se faz de pessoa tristonha

Passa de nostálgico a frenético

Canta os sonetos e eleva sua voz

No silêncio ele se ergue

Se há um poeta entre nós

Leiam o poema que ele escreve

Poeta contempla o viver

E chega a filosofar

Pergunta-se: ter ou não ter?

Inspiração vem com o contemplar

Se o certo é "ser ou não ser"

Ele tenta não ser igual

Ser poeta é fazer

Da poesia sua pedra filosofal

Rosilda Pessoa
Enviado por Rosilda Pessoa em 04/04/2016
Código do texto: T5594301
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2016. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.