O POETA É UM ALQUIMISTA
O poeta senta
E contempla
O olhar tudo abarca
Dali do banco da praça
Ele não é normal
Nunca foi, nem pretende ser
O seu mundo é surreal
Lê o mundo para o descrever
Poeta é transcendente
Está sempre à frente
Poeta, às vezes, não é gente
Parece um tanto intransigente
Ele vibra com a beleza
Dos versos, da música, da natureza
Versos escritos com delicadeza
Mas são feitos também de rudeza
Pobre mortal que sonha
É rico em teor poético
Ele se faz de pessoa tristonha
Passa de nostálgico a frenético
Canta os sonetos e eleva sua voz
No silêncio ele se ergue
Se há um poeta entre nós
Leiam o poema que ele escreve
Poeta contempla o viver
E chega a filosofar
Pergunta-se: ter ou não ter?
Inspiração vem com o contemplar
Se o certo é "ser ou não ser"
Ele tenta não ser igual
Ser poeta é fazer
Da poesia sua pedra filosofal