LIMBO

Vivo o meu limite. Respiro com dificuldade o ar de toda uma vida em vão.Travo uma luta insana contra um adversário uno, imbatível: eu mesma. A derrota abre seus tentáculos à minha volta. Enlaça o pescoço que veste a traqueia sufocada.Tento quebrar meus ossos inertes, mas uma força me faz rodopiar em parafuso, perfurando as entranhas do limbo até que meu corpo esfacelado desfalece pela dor, pelo silêncio de uma oca, triste e solitária vida.