Filhos de casais Homossexuais
“...Vossos filhos não são vossos filhos. São filhos e filhas da ânsia da vida por si mesma. Vêm através de vós, mas não de vós. E embora vivam convosco, a vós não pertencem. Podeis outorgar-lhes vosso amor, mas não vossos pensamentos, Pois eles têm seus próprios pensamentos. Podeis abrigar seus corpos, mas não suas almas; Pois suas almas moram na mansão do amanhã, que vós não podeis visitar nem mesmo em sonho. Podeis esforçar-vos por ser como eles, mas não procureis faze-los como vós, porque a vida não anda para trás e não se demora com os dias passados. Vós sois o arco dos quais vossos filhos, quais setas vivas, são arremessados. O Arqueiro mira o alvo na senda do infinito e vos estica com Sua força para que suas flechas se projetem, rápidas e para longe. Que vosso encurvamento na mão do Arqueiro seja vossa alegria: Pois assim como Ele ama a flecha que voa, ama também o arco, que permanece estável...”
Gibran Khalil Gibran.
Filósofo Libanês (1883 – 1931)
É certo que há indignação na sociedade comum com a possibilidade de que casais *homossentimentais adotem crianças.
A despeito do que aprendemos como certo e errado, haja visto que muitas verdades foram comprovadas ao inverso; convido-os a pensar:
Em toda a história houve algum tipo de controle de natalidade que funcionasse com harmonia?
Imagine se todos os casais *homossentimentais adotassem uma ou duas crianças; dessem-lhes uma família, dignidade, respeito, limites... amor; Seriam os índices de criminalidade e violência os mesmos?
Seria a “perpetuação” da própria linhagem genética, um dos mais fortes motivos inconscientes para que o ser humano queira ter um filho “seu”?
Há generosidade maior do que criar, educar e amar crianças que não carregam o código genético de seu tutor?
Crianças órfãs estão melhores nos orfanatos e nas ruas do que com pais de mesmo sexo pelos quais enfrentarão preconceitos e chacotas?
São os filhos destes casais pouco convencionais mais preparados intelectualmente para enfrentar os inúmeros tipos de discriminação inclusive de cor?
Meu último questionamento;
Não seria, então, a diversidade uma solução divina para várias imperfeições mundanas inclusive a irresponsabilidade e a banalização da maternidade e da paternidade?
*As palavras têm poder para influenciar nossas opiniões a respeito do que não entendemos. Quando se diz “homossexualidade” instintivamente pensamos em uma questão meramente sexual; e não o é... se a discussão se limitasse a sexo, prazer, fetiches e afins não haveria discussão alguma, afinal a “fôrma social” estaria a salvo.