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Confissão

 

Todas as tristezas dos últimos dias não abalaram os alicerces de minha fé. Deus não faz nada errado, Ele é perfeito e seus atos idem.

Somos uns desocupados mentais e ficamos buscando em Deus os nossos erros.

Confesso minha angustia em saber que vidas aos milhares se foram tragicamente e agonizam ainda sob os escombros da tragédia.

Mas e os que andam  sobre suas pernas e ainda por si estão  indo para o abismo?

O poeta escreve na nuvem de vento fraco e na de furacão.

Galopa no alazão da noite poetando e vê com poesia até mesmo as perdas.

Com poesia vemos, ouvimos e sentimos e a lágrima rola e a poesia segue.

Quisera eu não precisar escrever essa confissão.

Mas confesso que os dias têm sido tristes ou de tristes lembranças.

Por incapacidade de ação, não possuo poder de coerção sobre qualquer fato, pessoa ou ação.

Até mesmo os meus atos precisam da vigília do Espírito Santo de Deus, sem seus acordes, minha sinfonia cala-se.

Minhas idéias eram parcos pensamentos de ilusão, mas com essa Presença Santa, são hoje flechas incandescentes e de rumo certo.

Concordo que essas flechas passam queimando por dentro e por fora.

Também confesso que percebo que sou vista, sentida e rejeitada.

Vista pela razão óbvia, o fogo que incandesce corpo, alma e espírito.

Sentida porque coloco o vapor desse fogo para fora e a natureza é simples. Eu aquecida aqueço os que estão em volta. Mas só os que têm coragem de perto chegar sentem.

Rejeitada pelos de perto e depois os de longe.

Os de perto e cujo sentimento os atinge e nada possuindo para trocar e assim não se perde o que não tem. Não descobrem que é porque nada têm e nada podem dar para trocar.

Os de longe com medo nem chegam perto para não entregar.

Fugindo de mim fogem deles mesmos, mas um dia vão se achar.

Confesso não sou emoção que é no momento e depois já não.

Aperto-me nesse fogo vendo o que se apresenta fora de mim.

Pessoas que amo se perde em emoções trágicas, perdas doloridas e mal resolvidas. Doces criaturas que ao chegar perto dos problemas acusam e se depreciam. Desconhecendo o valor que Deus lhes deu.

 

Perdeu? Esqueça.

Ganhou? Não contabilize.

Amou? Ame mais.

Conquistou?Oferte.

Suas mãos?

Sempre para dar.

Mas precisou?Peça.

Recebeu? Aceite.

Não recebeu?

Agradeça também.

 

Se fizerem mal, sai de perto, vai por outro caminho,

Tente acertar, mas se errou concerte.

Não ofenda, não blasfeme.

Não oprima ninguém com ameaças, se o fez peça perdão.

Seja publico nos seus atos, a luz da vela ilumina no velador, se colocamos sob a mesa, pode até causar incêndio além de não iluminar nada.

 

Tudo que escrevi foram experiências vividas, vistas e sentidas.

 

Como posso aqui ou em outro texto ter lhe ofendido peço perdão

 

Denise Figueiredo

extraido do Livro

Aná & katá