A carta de amor

Corre os dedos sobre o papel escrito, num gesto de carícia, como se as letras estivessem em alto relevo e fossem uma parte do ser amado.

Leva o papel aos lábios e beija-o com ternura. Depois, apertta-o de encontro ao coração e diz comovidamente: " Eu te amo!"

Queda-se absorta, querendo transmitir, pelo pensamento, a emoção sentida, para o seu amado.

A vida é a soma de sobrevivências a muitas tempestades, e a alma fica cheia de cicatrizes que amainam as agruras advindas, e assim, procura-se suavizar o seu viver.

Amor quando é amor não se desfaz, por mais difíceis que sejam os desencontros da vida.

Imprime na alma de quem ama sua marca indelével com cinzel candente, qual fogo que não consome.

Faz sentir, na ausência, a presença constante do bem-amado; enternece-se com lembranças cheias de ternura, de momentos envoltos em carinho, na fusão de duas almas numa doação recíproca.

Amor é comunhão de sentimentos e de emoções; é cumplicidade de vidas amalgamadas em uma só sensação. É a fusão de duas almas que se doam sem restrições.

O amor não se desfaz com o tempo, mesmo a distância não interfere para a sua continuidade.

O amor verdadeiro se concentra na alma, por isso, ele é eterno. Quando é bem correspondido, robustece-se e nada, nada o abala.

Zilda
Enviado por Zilda em 25/08/2006
Reeditado em 20/12/2006
Código do texto: T224876