Ficção virtual

A educação robotizada leva apenas ao consumo do conteúdo para satisfação da pontuação dinâmica. O computador é como fosse se um erudito programado pelos professores para ativar conteúdos, com efeito, de campo obrigatório e subtração de pontos. Obrigando os estudantes a síntese superficial, que é um recurso da inteligência. O resultado é um acumulo cada vez maior de tarefas mecanizadas e uma insuficiência de retenção do conhecimento adquirido.

Já vem de longe este desreipeito a saúde mental da classe estudantil através de intensificação dos conteúdos. O contato monitorado mecanicamente deveria gerar um conforto maior de proximidade com a erudição bibliográfica exposta no contexto digital. A medida que fosse externando seu conhecimento numa página em branco, seria levado ao conhecimento da bibliografia e a conexão com ela. Bibliografia não, referência! Nunca o amontoamento. O enloquecedor universo de tarefas intelectuais acadêmicas, enlouquecido de planos misturados. Isso é idiotização, exclusão, falta de camaradagem que confere uma vantagem ao programador, para discriminar conteúdos em termos de simpatia vocacional.

Intensificação covarde de conteúdos não cria Machado de Assis e destrói a capacidade criativa. Silencia nos porões dos arquivos tais inquietações evolutivas. Essa é herança irreversível, além de nova individuação aniquiladora. O aluno é cobaia passiva dos conteúdos aplicados.