Espinhos?

Rosa vermelha, delicada, aveludada, perfumada, néctar apreciado, linda no encaixe de suas pétalas perfeitas, folhinhas verdes, brinhates, caule de sustentação firme. Uma perfeita obra da natureza. Epa, mas tem espinhos pontiagudos! E agora?

Será que por causa dos espinhos temos que deixar de apreciá-la, de querer para nós essa beleza que a natureza nos oforece? Se soubermos manejar direitinho, tivermos paciência para aprender a apreciá-la, aprender a tratá-la com carinho, não precisaremos deixar de partilhar dessa coisa maravilhosa, pois nem a machucaremos, como também não seremos feridos por seus espinhos.

E assim somos nós, os seres humanos, cada um de nós, temos as nossas particularidades, mas se cada um tiver o interesse de conviver e aceitar as diferenças, tivermos a paciência de dar tempo ao tempo para começarmos a aprender mais sobre as pessoas, não precisaremos evitá-las, cortá-las de nossa vida.

Será que não compensa termos a beleza de uma rosa, ainda que com seus espinhos? Será que não compensa tentarmos nos relacionar com as pessoas, ainda com os seus defeitos, particularidades ou diferenças?

Seremos, todos, agraciados com coisas lindas que poderíamos deixar de viver por causa de algo, que a príncipio parece complicado, mas com o passar do tempo, percebemos que não é bem assim. É muito mais simples e belo que o nosso coração, já calejado e ferido por outros espinhos com os quais não soubemos lidar, possa imaginar.