O DOMINGO
O DOMINGO
Acordei com os sentidos ressaqueados. Não há doces no domingo, mas um amargo sem graça na boca, nos olhos, nas ruas...
Após uma noite de boa cerveja, e boa conversa, fica uma vontade de não ter terminado antes do amanhecer pra não ter que passar o domingo acordado, com suas piadas e programas sem graça.
Tenho acordado sozinho e passado uns dez minutos olhando o teto sem nenhum pensamento útil de verdade, mas levanto e escrevo algo...
Uma reticência de palavras que não consegue dizer muito. Tomo meus analgésicos pra suportar a ressaca, o fígado gritando desidratado e vem um riso rindo de mim. Decadente. Não dá pra fingir. Ou é ou não é. Gosto dos extremos, sem entremeios, rodeios e vou prosseguindo assim no meu domingo pálido...