A partida do brilho

Todo fim de relacionamento é difícil, tenha ele durado uma semana, um mês ou dez anos. É duro se acostumar com a partida de uma pessoa com quem se gosta de estar, para tudo ou nada.

De repente, somos obrigados a nos acostumar a fazer sozinhos novamente tudo aquilo que ficava mais gostoso na companhia de alguém especial. Por mais simples ou chata que seja a atividade, ir à padaria ou lavar o carro, por exemplo, sempre tem um sentido diferente, ao lado daquela pessoa.

O fim não foi culpa minha, mas se eu soubesse que você é feliz, eu me conformaria.

Percebi que, desde quando nos separamos, o brilho do seu olhar foi embora. No espelho, vejo que o meu também. Quando a gente está feliz, sorri com os gestos, com as expressões corporais. Mas, até isso foi embora e você fica sem jeito, quando me vê, porque sabe como fomos importantes, um na vida do outro.

O meu cheiro impregnou em você e sei que te lembrarás de mim, cada vez que senti-lo. Onde quer que for...

Se já me faltam palavras, direi com música tudo o que estou sentindo. E, se lágrimas rolarem, qual o problema?

Aline Guedes
Enviado por Aline Guedes em 19/06/2011
Código do texto: T3043955
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