Por Carlos Sena



MENSALEIROS: quem faria igual a eles?

Pobre rouba margarina, pobre rouba galinha, pobre é pé de chinelo. Rico não usa revolver, mas PARABELO. Para belo não sobra pra pobre – pobre é feio, não tem cultura, nem compostura. Pobre só tem voto.

MENSALEIROS: quem faria igual a eles?

Farias, faria. João não faria porque é ninguém. José não faria porque nada é. José e Maria que mais fariam? Filhos. Estribilhos da sorte que Deus lhe deu – ele fez, a mulher embuchou e concebeu.

Fazer o que os MENSALEIROS fizerem à nação, quem faria?

O daputada fez e faria. O pralamentar fez e faria. Farinha do mesmo saco, narigada do mesmo naco – rapé de fumo legítimo das Arapiracas das Alagoas para botar no fiofó dos sem eira nem beira. Beira a fome a fome beira. Queira a ONG a ONG queira. Queira a jaca – jaqueira.

MENSALEIROS: quem faria igual a eles?

Não faria eu, nem faria tu. Puxe o rabo do gato e corte o rabo do tatu. O canto da mãe dagua não é o mesmo do Uirapuru – Uirapuru, Uirapuru, seresteiro cantador do meu SERtão: ser tão simples abrigado na canção de Luiz. Asa Branca, oh asa branca, dá uma bronca nessa corriola que sedenta de dinheiro. Dinheiro sujo tirado da boca das crianças fora das escolas e das pessoas sem acesso ao SUS. PUS, pustema – Pitágoras, teoremas, enquadrem esses tremas nas tremendas ilhas grandes cariocas.

MENSALEIROS: quem faria igual a eles?

Faria quem dança com musica de SALÃO. A valsa dolente envolve a mão e a cobre de veludo e leveza. São homens? – Não. São MEN, como assim dizer? Men de homem em inglês? Sim, cínicos desconhecidos Pretéritos Teimosos que insistiram como deletérios. Somos deles iscas, pedir a quem por nós, à justiça?

Lá fora passa o MEN diferente de José, de Maria, de Severino e Severianos. Não  há SALÃO pra pobre, mas casa de reboco. Lá ele rela o buxo, bebe cana e fica feliz. No planalto mão e luva viram choro de viúva do MEN... Lágrimas de crocodilo comendo comida a quilo em nome do “fi-lo porque quilo”...
MEN... SALÃO.