A VOZ DE AMAR ALÉM

Por ser inesquecível para quem se entrega, o ato de amar rende muitos poemas de rememoração do bem-estar, a partir do prazer e gozo. É o corpo que cochicha o requintado e sôfrego atendimento de suas primitivas ânsias. E os receptores – no poema havido – debruçados sobre os registros, babam de espanto, alumbramento ou inveja. Diz-se por aí, em várias rodas de convivência, que o que vale mesmo é o ato em si e por si. Mas o espiritual diz o que sente e inscreve tatuagens lúdicas para além do corpo. Por esta razão simples e incontrolável, a Poesia nunca morrerá no coração humano. Sempre haverá alguém que vai além do tato. De tanto queimar-se o ventre, o poema nasce ardente. Nunca é fogo brando...

– Do livro O AMAR É FÓSFORO, 2012/13.

http://www.recantodasletras.com.br/pensamentos/4443466