PROFISSÃO DE FÉ: DIZER VERSOS

Em qualquer palco, faço profissão de fé, desde que haja clima propício. É isto o que me faz feliz, aos sessenta e sete anos: ter amigos presenciais e os virtuais da Grande Rede. Convergir no real curso da vida e em arte poética, aquela que copia o cotidiano, numa nova e quase que verdadeira recriação para os dias infaustos, e eles chegam sem bater à porta... Sim, porque Dona Alegria, quando vem já é o verso alumiado, a própria poesia do riso, que por si já traz o ritmo, sem a necessidade do verso. A alegria é verso por si vivificado – o estado d’alma incomum... Pra quem não é o Senhor dos dias, somente o seu usufruidor, nada há de melhor. É esse sentir - e o seu respectivo e peculiar "savoir faire" - que renova a crença no coração humano e permite visualizar os horizontes esconsos de viver até quando...

– Do livro A FABRICAÇÃO DO REAL, 2013.

http://www.recantodasletras.com.br/pensamentos/4481960